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Paratletas do Nordeste participam pela primeira vez do Campeonato Nacional

22/07/2023 • 19h45

Paratletas do Nordeste participam pela primeira vez do Campeonato Nacional

Desde 2020, a ABQM isenta o pagamento da taxa de anuidade dos sócios paratletas como forma de incentivar e aumentar a participação dos competidores com deficiência nos esportes da raça

O Campeonato Nacional do Quarto de Milha 2023 recebe pela primeira vez uma equipe de paratletas do Nordeste (da Bahia) que disputam provas na modalidade dos Três Tambores. Os competidores vêm do Centro de Equoterapia Nosso Lar, de Camaçari, na Bahia. No total, 23 paratletas de sete estados brasileiros (Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia) participam das provas da 46ª edição da competição da raça.

Desde 2020, a ABQM isenta o pagamento da taxa de anuidade para sócios paratletas. A iniciativa visa incentivar e aumentar a participação dos competidores com deficiência nos esportes equestres da raça Quarto de Milha. Atualmente, a Associação tem cerca de 70 paratletas – um crescimento de mais de 200%.

“É um programa social importantíssimo da ABQM, afinal o Quarto de Milha tem esse papel social. A sua docilidade e habilidade permite que os paratletas possam desenvolver suas habilidades nos Três Tambores. O cavalo Quarto de Milha é uma grande ferramenta de inclusão social”, destaca Pauluca Moura, presidente da ABVAQ e também vice-presidente da ABQM.

Para se enquadrar como paratleta, o competidor precisa passar por uma avaliação técnica de um profissional habilitado pela ABQM e pela Federação Equestre Internacional (FEI) e também certificado pela Associação Terapêutica Internacional de Horsemanship. Após a análise, os paratletas são enquadrados entre cinco handicaps, que vão de zero (participantes com maior grau de limitações) até quatro (participantes com menor grau de limitações).

A paratleta Rita de Cássia Simões começou a montar há três anos, após ter um AVC. O tratamento com terapia assistida por cavalos foi uma oportunidade de recomeçar. “Há dois anos, eu comecei o tratamento com a equoterapia. A minha treinadora acreditou em mim e disse que eu ia ser uma paratleta. Eu tomei aquilo pra mim e decidi que ia me reinventar como mulher. Nunca montei num cavalo, porque eu tinha medo. Aí eu tomei coragem e acreditei em mim e hoje estou aqui. O cavalo foi muito importante na minha evolução”, afirma.

Para a fundadora do Centro de Equoterapia Nosso Lar de Camaçari (BA) e treinadora de paratletas da equipe do Nordeste, Zulmira Sena, participar do Campeonato Nacional da raça é a realização de um sonho e a oportunidade de conhecer outras histórias de superação.

“Pra gente é uma grande emoção e realização de sonhos. Todos eles estão se reinventando ao participar de um campeonato nacional. Esses atletas passaram pela equoterapia, evoluíram e hoje se tornaram profissionais. É com muito orgulho que chegamos aqui pra essa competição. Pra gente é uma grande honra e Bahia trouxe muito dendê, muita alegria e muito axé”, garante Zulmira.

Ampliação de Projetos Sociais

Nos últimos três anos, a ABQM investiu R$ 1,2 milhão em ações sociais da raça, com foco nos projetos da Equoterapia para a ressocialização de crianças com TDAH – o que representa um crescimento de 500%. Desde 2020, a ABQM também realizou a ampliação do número de centros de terapia assistida com cavalos em todo o país que são apoiados pelo Projeto EQUO, passando de 7 para 36, em parceria com a Ande-Brasil (aumento de 400%).


"Promover a inclusão social nas pistas é um dos pilares fundamentais da ABQM, e estamos comprometidos em incentivar e apoiar os paratletas do Tambor em suas jornadas esportivas. Desde 2020, isentamos a taxa de anuidade para sócios paratletas, buscando tornar o acesso aos esportes equestres da raça Quarto de Milha mais acessível e acolhedor para todos. Acreditamos que a verdadeira grandeza de nossos eventos está na diversidade de talentos e na valorização da paixão pelo cavalo, que une nossos competidores em uma comunidade inclusiva e resiliente. Seguiremos firmes nesse compromisso social, oferecendo um ambiente acolhedor e incentivando o crescimento e a participação de paratletas nas nossas pistas", finaliza Caco Auricchio, presidente da ABQM.

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