AVE raramente causa a morte. O maior perigo é a possibilidade é a possibilidade do aborto em éguas

A notícia surgiu no começo de julho: o reprodutor DASH TA FAME, no estado do Novo México USA, como muitos outros animais da MJ FARMS em Veguita - NM, se infectou com a Arterite Viral Equina (AVE), um virus transmitido através das vias respiratórias e pelo trato reprodutivo.


 

A notícia surgiu no começo de julho: o reprodutor DASH TA FAME, no estado do Novo México USA, como muitos outros animais da MJ FARMS em Veguita - NM, se infectou com a Arterite Viral Equina (AVE), um virus transmitido através das vias respiratórias e pelo trato reprodutivo.

AVE é uma grande preocupação dos criadores e proprietários de cavalos e só não é maior pelo fato dos afixionados não estarem familiarizados com o virus. De acordo com o site do Serviço de Inspeção Sanitária de Animais e Plantas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América do Norte, o virus se propaga em maior quantidade pela descarga nasal.

A AVE pode propagar-se também pela monta natural e pela inseminação artificial, esta via tem que ser considerada pela presença do virus no sêmen.

"Isto tem significantes consequências na criação sob o ponto de vista comercial" disse Joe Manning, veterinário especializado em reprodução do Serviço de Medicina Esportiva em Weatherford - Texas - USA, "AVE é um virus que, em geral causa abôrto em éguas durante a gestação. As éguas prenhas infectadas, muitas vêzes abortam seus fetos, mesmo que não seja sempre.

 A EXPERIÊNCIA DA MJ FARMS

Janis Murray, médica veterinária, proprietária e administradora da MJ Farms, juntamente com seu marido Mac, observou um problema durante uma checagem de rotina em suas éguas de cria.

"A princípio observamos quando fazíamos a revisão de rotina em nossas éguas de cria, como parte do exame de rotina em éguas prenhes de 60 dias , que começou por volta de 04 de junho".

Conta Janis Murray. " Encontramos várias éguas inchadas e começamos a verificar que todas as éguas prenhas algumas estavam mais inchadas do que deveriam estar no seu estado de prenhez. Ficamos bastante alarmados e não tínhamos ideia do que estava acontecendo".

Uma das primeiras ideias que passou pela cabeça de Murray, era que as éguas tinham contraído a Síndrome da Perda da Atividade Reprodutiva (MRLS por suas siglas em inglês) por ter ingerido casulo da lagarta oriental (Eastern Tent Caterpillars) .Entretanto conversando com colegas, êles descobriram um artigo sôbre AVE e verificamos que os sintomas batiam.

Êles então chamaram Peter Timoney, veterinário PHD, do Gluck Equine Research Center, em Lexington Kentucky USA, pesquisador especializado em AVE.

No dia 09 de junho, os Murray começaram a enviar ao laboratório de Timoney sangue e sôro para serem analisados. Primeiro foram analisadas as éguas "inchadas" e depois o resto da tropa.

"Todos os resultados deram positivos para AVE", afirmou Murray.

Murray então notificou imediatamente a New Mexico Livestock Board ( Secretaria da Agricultura do Estado do Novo México), indicando os animais que entraram e saíram do centro de reprodução, informaram ainda a remessa de sêmen resfriado.

De imediato ela descobriu que o seu centro de reprodução não era o primeiro caso de AVE.

"Houve um surto no ano passado no Estado do Novo México - USA, em um centro de reprodução próximo e que não foi notificado" afirma Murray.

" Se houvesse notificação e nos informado a respeito, teríamos vacinado nossos garanhões e isto não teria ocorrido. Podemos prever que isto ocorre em outras partes do país"

"Agora somos o centro da atenção pública, porém não fomos nós que iniciamos o problema", prosseguiu ela.

" Nós somos vítimas da situação e estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para conhecer e orientar outras pessoas . Se o centro de reprodução que teve o surto no ano passado não procedesse dessa maneira, tudo isto não teria acontecido".

Ela contou que, em meados de julho o centro de reprodução tinha perdido cêrca de 50% de suas crias, porém algumas éguas acometidas continuavam prenhas.Além do que as éguas apresentavam inchaços, eram difícil observar que alguma coisa andava mal, disse Murray

Dois ou três reprodutores do centro tiveram febre baixa, como algumas éguas, porém como ela disse "A maioria das éguas que perderam suas crias não mostravam absolutamente nenhum sinal de qualquer tipo de problema de saúde. Elas simplesmente incharam quando não deveriam".

Murray disse que DASH TA FAME deu resultado negativo para o exame do virus em 11 de julho de 2005. Durante a estação o centro havia coberto perto de 200 éguas e enviando sêmen a 16 estados. Êles continuaram diminuindo a margem dos envios de sêmen que foram positivos para AVE.

"Não acreditamos que DASH TA FAME tenha contraído isto antes dos meados de junho, porém não estamos totalmente seguros" disse ela.

"Fizemos contato com todos os proprietários e clientes aos quais enviamos sêmen em maio e junho. Entretanto continuamos fazendo contato".

"É uma doença perfeitamente administrável" continua ela, "As éguas devem ser vacinadas e nêste caso pode-se cobrir uma égua vacinada com um garanhão positivo sem qualquer problema.

Por isso acredito que esta deva ser uma campanha nacional. Duas semanas atrás desconhecia a doença. Todo mundo coçava a cabeça, perguntando-se o que estava acontecendo"

Até agora no que diz respeito a DASH TA FAME e sua situação para a reprodução, o centro espera voltar a utilizá-lo no proximo ano.Criação e propriedade de Bob But, DASH TA FAME é um fiho de FIRST DOWN DASH em égua filha de TINY'S GAY, SUDDE FAME. Duas vêzes ganhador de Grupo I e 12 de seus filhos correram e ganharam mais de US$10.7 milhões .


 

DASH TA FAME ganhando em 1991 o Golden State Futurity, agora com 17 anos , foi contagiado com o virus da AVE

Entre êles está o, várias vêzes ganhador de Grupo I e várias vêzes quebrando recordes mundiais KENDALL JACKSON. DASH TA FAME atualmente está em 14° lugar na relação de reprodutores por somas ganhas e em 23° lugar por vitórias nêste ano. Na lista de reprodutores de todos os tempos até 2005 está na 23° posição em somas ganhas e em 32° lugar em vitórias.

Na MJ Farms também se encontra o reprodutor ganhador de vários Grupo I, HEZA BOLD MAN, propriedade de Sandy Erwin, o qual tinha sido confirmado com AVE e portador do virus em seu sêmen. O outro reprodutor do centro de reprodução WOODBRIDGE um filho de DASH TA FAME e irmão inteiro de KENDALL JACKSON, propriedade do centro , tinha sido diagnosticado com AVE, porém não foi confirmado como portador.

De acordo com o veterinário do Estado do Novo México, Dave Fly, o estado não tinha feito nenhuma medida drástica. Tinha solicitado atestados de saúde dos animais, e solicitado aos veterinários notificação quando o animal deixe o estado. O estado tem também algumas exigências quanto à quarentena voluntária e outras com relação a quarentena oficial.

"Nós estamos aconselhando às pessoas nos eventos, para serem muito cuidadosos" conta Fly,"Se manifesta como uma infecção respiratória em animais jovens".

 

O QUE É A AVE

Timoney conta que a AVE só atinge cavalos e geralmente não é uma doença que altera a vida do animal, com exceção dos fetos e potrinhos muito jovens.

AVE pode ser contagiosa como uma infecção respiratória, semelhante à influenza e rinopneumonite(ambas causadas por virus). É transmitida através do contato direto de animal para animal como também pode ser transmitido por meio indireto como quando dois animais jovens compartilham o mesmo equipamento.

Sem dúvida, diferentemente de outros virus, AVE pode conservar-se no sêmen do reprodutor e infectar as éguas pela cobertura ou através da inseminação artificial.As éguas, cavalos castrados e animais jovens não se tornam portadores sãos da enfermidade.Êles adquirem a enfermidade e em questão de semanas se recuperam e se livram naturalmente do virus. Existe a possibilidade de potros nascidos de éguas vacinadas sejam positivos para AVE

De qualquer maneira, os reprodutores podem se tornar portadores por longos períodos de tempo, já que o virus da AVE é um virus dependente da Testosterona. Uma vez que os cavalos se recuperam do contato inicial, os cavalos eliminam o virus pelo sêmen.O virus permanecerá no sêmen inclusive caso seja resfriado ou congelado.

"Que eu saiba, é a única maneira conhecida da Testosterona ou Andrógeno, ser vinculada aos virus dos mamíferos", conta Timoney. "É porisso que só acomete machos jovens e que ainda não cobriram".

O virus pode permanecer no trato genital do reprodutor por semanas, meses ou anos ou pelo resto da vida, alguns reprodutores eliminam o virus da AVE expontaneamente de seu sistema reprodutivo não sendo mais portadores.

 SINTOMAS DA AVE


 

As éguas prenhas devem ser isoladas dos animais que viajam para diminuir o risco de contrair o virus da AVE.

Os sintomas incluem febre, edema (especialmente das extremidades, genitais e ao redor dos olhos), abôrto, descarga nasal, dermatite (localizada ou generalizada), perda de apetite.É comum os animais não mostrarem sinais e continuarem sendo portadores.

O maior perigo para os animais infectados com AVE é o abôrto de éguas prenhas, não menos comum também é possível que éguas infectadas com AVE, o potrinho seja portador até o parto.

Muito débeis os potrinhos podem morrer poucos dias após o nascimento.Segundo Timoney, o abôrto quando presente, ocorre tardiamente e na fase aguda da infecção ou logo após a fase de convalescência da infecção. Isto quer dizer que no período da primeira até a terceira semana seguinte à exposição ao virus.

A diferença com virus Herpes Equino tipo I, é que o período de contágio não parece ser crítico e o abôrto pode ocorrer depois de dois meses em diante.

"O abõrto devido a êste virus não ocorre como uma consequência do contágio da égua com o sêmen infectado, afirma Timoney,

"O abôrto acontece nas éguas prenhas no momento do contato com o virus assim ( se são inseminadas artificialmente), o contato é invariavelmente através das vias respiratórias dessa égua ao contatar com outra égua que está na fase aguda da infecção e eliminando grande quantidade do virus".

Em outras palavras , uma égua que é AVE negativa que tenha sido inseminada artificialmente com sêmen de um reprodutor AVE positivo, não corre o risco de abortar.

Sem dúvida ela corre o risco de se contaminar com AVE e se colocar entre outras éguas prenhas que podem ter abôrto. As éguas devem ser isoladas por três semanas depois das coberturas.

Os reprodutores que foram expostos recentemente ao virus devem ser isolados também, para prevenir a propagação do virus.O diagnóstico é realizado mais que tudo, pela prova sanguínea, na qual se procura anticorpos da AVE, que indica contaminação com o virus.

 TRATAMENTO E PREVENÇÃO


 

A vacina contra AVE é uma vacina viva e é feita todo ano

 

Por ser a AVE um virus que, uma vez adquirido, não existe tratamento específico. O tratamento visa amenisar os sintomas para facilitar a recuperaçãodos animais acometidos.

Para impedir a propagação por vias respiratórias, todas as regras de higiene normais devem ser seguidas.Para prevenir a enfermidade, uma vacina viva com o virus acha-se à disposição. A vacina chamada Arvac, comercializada pela Fort Dodge Animal Health, está a disposição há mais de 20 anos.

Requer um reforço anual e é indicada para reprodutores , para potros com mais de 6 semanas e para éguas vazias. De acordo com o fabricante, todas doses disponíveis foram comercializadas e não haverá reposição até o princípio do outono.

Depois de uma forte propagação da AVE no começo dos anos 80, foi criada uma regulamentação exigindo que todos os reprodutores da raça Puro Sangue de Corrida, do Kentucky e Nova York fossem vacinados contra AVE.

Timoney disse que não houve casos de reações adversas dos reprodutores ao receberem a vacina."Como parte de uma prevenção objetiva para os reprodutores, deveríamos checar a presença da AVE, antes de iniciar o envio do sêmen resfriado ou congelado", comenta Manning.

Existe, de qualquer maneira, um problema com a vacinação. Muitos países ao redor do mundo, que não permitem a importação de animais, sêmen ou embriões, que tenham resultados positivos para a AVE - inclusive se o animal deu positivo devido a exclusivamente ao fato de ter sido vacinado contra a enfermidade.

Alguns países, sem sombra de dúvida, admitiriam um animal que tenha sido vacinado sob procedimentos normais, através de um veterinário credenciado.

" O cliente tem que analisar as vantagens em proteger seu animal contra a possibilidade do contágio com a AVE e o outro que seria a exportação do seu animal e/ou sêmen e embriões congelados" afirma Manning.

Manning recomenda discutir as vantagens e desvantagens com seu veterinário. Os procedimentos para a importação de animais, sêmen e embriões a países específicos podem ser obtidos com seu veterinário, também no site do Serviço de Inspeção Sanitária de Animais e Plantas dos Estados Unidos da América do Norte (www.aphis.usda.gov)

 O QUE POSSO FAZER ?

Se houver a possibilidade de seu reprodutor ou centro de reprodução ter ficado exposto a AVE, o primeiro passo é separar todos os cavalos possivelmente infectados das éguas de cria.

Procedimentos de quarentena devem ser seguidos para evitar qualquer possível propagação da doença.Em seguida realizar provas sorológicas em todos os cavalos.

Faça com que seu veterinário colha amostra de sangue e as envie para serem analisadas. O sôro será examinado para verificar a presença de anti corpos contra o virus.

Os cavalos vacinados e não expostos deverão ter resultado zero nas leituras disse o veterinário Manning do Serviço de Medicina Esportiva em Weatherford Texas.

Quando o cavalo fôr expôsto, em resposta produzirá anti corpos ao virus, aumentando o número presente no sangue.

Uma vez expôsto a infecção, seja por contágio ou por vacinação, um animal terá sempre título elevado na leitura.Os reprodutores com provas positivas deverão ter seus sêmens analisados para detectar a presença do virus e se está eliminando pelo sêmen.

"Nem todos os reprodutores eliminam o virus", contaMaanning." Porisso êles podem estar num estágio negativo ainda assim ter um sôro que é positivo".

No caso de um surto, comenta Manning, pode ser benéfico aplicar um medicamento imunoestimulante.

"Por ser um virus, não tem antibiótico que possa fazer diferença", afirma êle." Porém um imunoestimulante, na fase de contágio tem a capacidade de produzir benefícios.

Existe alguma observação que diz que em reprodutores que foram expostos, alguns não eliminam o virus graças ao uso do imunoestimulante.Portanto, durante um surto, quando encontrarmos reprodutores que não apresentem febre ou alta titulação no sôro ao estimularmos seu sistema imunológico provavelmente seja uma boa ferramenta a ser utilizada.

Se as provas dos cavalos sejam negativas, analise administrar a vacina contra AVE para evitar o contágio.Peter Timoney,médico veterinario um dos primeiros pesquisadores da AVE, recomenda que se existe a preocupação de que os cavalos tenham sido contagiados pelo virus deve ser comunicado ao veterinário para esclarecer sôbre as possíveis opções.

 

O QUE LEMBRAR

A arterite viral equina é uma infecção pelo virus da arterite viral equina (AVE).

O virus somente se transmite entre os equinos.

AVE comumente não é letal para cavalos adultos.

O maior perigo da AVE é o abôrto das éguas

AVE se transmite pelas vias respiratórias e condutos reprodutivos.

Uma vez infectados, éguas, machos castrados e machos jovens se recuperam em poucas semanas.Êles eliminam o virus e se tornam imunes, porém serão sempre soro positivos.

Os garanhões podem se tornar portadores pelo resto da vida e podem eliminar o virus através do sêmen.

O virus pode sobreviver mesmo sendo refrigerado ou congelado.

Existe uma vacina disponível para AVE. È segura, para praticamente todos os animais..

Os animais expostos a AVE, inclusive éguas servidas por garanhões positivos para AVE, devem ficar em quarentena para evitar a propagação do virus.

Os garanhões e sêmen soropositivos podem não ser autorizados a exportação para outros países.Antes de vacinar seus animais, esclareça sôbre os riscos com seu veterinário.

 

PARA MAIORES INFORMAÇÕES

Para maiores informações sôbre AVE e para realizar provas sorológicas em animais , contate Gluck Research Center em Lexington - Kentucky (859) 2574757.

A Associação Americana da Prática Equina tem a disposição um artigo sôbre AVE no site www.xcodesign.com/aaep/displayArticles.cfm?ID=285.

A mesma associação oferece informações de como cruzar uma égua com reprodutor AVE- positivo no site www.xcodesign.com/aaep/displayArticles.cfm?ID36.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América do Norte tem um folheto de 19 páginas sôbre AVE e as medidas apropriadas para um surto e seu controle no site www.aphis.usda.gov/vs/nahps/equine/eva/eva-umr.pdf.Para se obter o vídeo de 11 minutos e o folheto em inglês,"EVA: A manageable Problem", contatar Peter Timoney, Departament of Veterinary Science, 108 GluckEquine Research Center, Lexington, KY 40546;(859)257-1531; ptimoney@uky.edu.

Para uma lista das exigências de exportação para outros países, visite o site da USDA www.aphis.usda.gov/vs/ncie/iregs/animals/.

 QUARTER HORSE RACING - NOVEMBRO 2006Por Andrea Caudill - Traduzido por Aldo Ferrari

 

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