As osteoartrites são lesões que afetam a cartilagem articular e osso adjacente, chamado de subcondral. Sua incidência é bastante presente nos equinos atletas e, atualmente, pode ser considerada a principal responsável pelo insucesso dos animais de esporte.

 

A articulação é composta por diversas estruturas, entre elas, estão a cartilagem articular, responsável pela absorção do impacto e o líquido sinovial, responsável pela lubrificação e nutrição das células da cartilagem, os condrócitos.

 

Com os exercícios intensos e repetitivos, há o desenvolvimento de um processo inflamatório, na maioria das vezes leve e discreto, que não possui manifestações clínicas, porém, promove alterações na estrutura do líquido sinovial, diminuindo sua viscosidade e, consequentemente, sua capacidade de lubrificação. O organismo, na tentativa de suprir a deficiência, aumenta a produção com uma qualidade inferior, levando à distensão da cápsula articular. Se não houver um bloqueio desse processo, a cartilagem começará a sofrer um desgaste excessivo e diminuirá a capacidade de absorção do impacto, essa força será  transmitida em maior intensidade ao osso subcondral.

 

A resposta tecidual a essa lesão é de substituição da cartilagem lesionada por fibrocartilagem, um tecido cicatricial com
capacidade de absorção inferior. O osso subcondral começa a ficar mais espesso para suportar a força transmitida. Todo
esse processo acaba persistindo e as claudicações simples ficam cada vez mais evidentes e frequentes.

 

Dentro dos achados clínicos, temos a claudicação exacerbada no teste de flexão articular, essa lesão pode ser confirmada
através do exame radiográfico. Porém, a avaliação da cartilagem só será realizada através do exame ultrassonográfico
ou até mesmo por meio de uma artroscopia.

 

Existem diversas terapias disponíveis para se tratar um animal com O.A., a escolha da melhor terapia depende do grau
de lesão, idade do animal, modalidade e disponibilidade de investimento.

 

Um tratamento exclusivo chega ao Brasil, o Pro-stride, uma terapia celular regenerativa, um produto exclusivo e inovador
na medicina esportiva que combina o IRAP com o PRP.

 

O IRAP é uma proteína altamente anti-inflamatória antagonista da interleucina 1, que é um dos principais medidores
inflamatórios, responsáveis pela degeneração progressiva da cartilagem articular, um produto bastante usado na rotina dos
veterinários de cavalos atletas, porém a associação do IRAP com o PRP, que é o plasma rico em plaquetas, contém grande
número de fatores de crescimento e citocinas, que possuem um papel fundamental na regeneração óssea e maturação dos
tecidos, acelerando a recuperação das lesões articulares.

 

Com isso, a junção do IRAP mais o PRP, ambos derivados do próprio sangue do animal, que pode ser processado imediatamente na propriedade, dá origem ao Pro-stride. Ao contrário de outras terapias celulares, a produção de Pro-Stride
não requer um período de incubação de 24 horas, tornando-o um produto mais viável para os veterinários de equinos,
que além dos efeitos anti-inflamatórios do IRAP, agora com vários fatores de crescimento regenerativos provenientes do
PRP, que aceleram o processo de reparação e cicatrização da cartilagem articular.

 

Esclarecendo que, o uso das terapias celulares regenerativas minimizam os efeitos indesejáveis das infiltrações com corticoides, visando não só o efeito paliativo, mais sim o efeito curativo das lesões articulares, proporcionando longevidade
na carreira atlética dos animais. Outra vantagem não menos importante, é que, o Pro-Stride é uma terapia no dopping.

 

Leia essa e outras matérias na edição 242 da Revista Quarto de Milha: https://revista.abqm.com.br/

 

Serviço: Clinica High Perfomance Prianti
Contatos: (11) 97103-5820 / [email protected] 

 

Por: Médico veterinário Ricardo Prianti, Especialista em clínica e cirurgia e ortopedia equina, Instrutor do treinamento integrado de patologias do aparelho locomotor equino Xeque-Mate.
Fotos: Cedidas