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Quartistas Homenageados
Conteúdo com Anos 2022-2023 .
Bobby Seals (in memoriam)
Bobby Seals viveu a vida montado cavalos. Sua paixão, habilidade e técnica eram características únicas de um campeão. Com anos de prática e experiência, se tornou um dos melhores laçadores do mundo. Ao longo dos 70 anos de vida, sempre se dedicou às pistas e a repassar os seus conhecimentos formando e treinando às futuras gerações de grandes laçadores.
Sua carreira no rodeio lhe rendeu inúmeros títulos. Mas, o campeão mundial de Laço, só se importava em montar um bom cavalo e correr o mais rápido possível com uma corda na mão. Seals foi criado em uma fazenda a oeste de Ponder, no Texas, com um irmão e seus pais. Vivendo na zona rural e crescendo nos anos 50 nos EUA, o rodeio era mais que um passatempo favorito, e sim um modo de vida. Para participar do primeiro evento, em 1952, aos 20 anos de idade, precisou implorar ao pai. Voltou pra casa com o título e o primeiro prêmio da carreira: uma pick-up. O jovem cowboy construiria uma trajetória irretocável em laçar bezerros.
Em julho de 1975, já como treinador e juiz da modalidade, Seals foi responsável por introduzir o Laço no Brasil, durante o 5º Leilão Oficial da ABQM – o primeiro a ser realizado no Rancho Quarto de Milha, em Presidente Prudente (SP). O treinador norte-americano realizou um curso para 30 alunos, onde fez uma laçada espetacular de 8s01, contra 14s07 do seu melhor aluno.
Em 1977, retornou ao Brasil para participar da Expo-Londrina (PR), junto com a equipe de laçadores do Rancho Quarto de Milha formada por: Durval Medeiros, Jair Medeiros, Geraldo Ribeiro, Jairo Martins, Lucinei Nunes, Cacau Miranda, João Aparecido Medeiros, Adão Medeiros, Dimanche Medeiros, Antônio Renato Prata, Rolando Rosas Neto, além dos jovens Renato Medeiros, Augusto Medeiros Neto, Geraldo Ribeiro Jr., Mônica Ribeiro, Fátima Medeiros, Jairo Júnior e Jailson Martins. Na disputa, Seals laçou com a marca de 11s05 e Jairo Martins de Oliveira com 12s, se tornando o primeiro recordista brasileiro do Laço.
Bobby Seals influenciou uma geração de grandes laçadores, e por sua inestimável contribuição para o esporte equestre do Quarto de Miha no Brasil, agora está eternizado no Hall da Fama da ABQM.
Carlos Alberto Deleu
O paulista Carlos Alberto Deleu é um visionário quando o assunto é Quarto de Milha. O quartista se tornou um avaliador potencial da raça, sendo reconhecido como um dos nomes fortes na indústria do cavalo no Brasil. Morando há muitos anos nos EUA, Deleu enxergou um mercado forte, treinando e negociando animais para competir, e teve a oportunidade de aprender com renomados treinadores mundiais, aprimorando-se na modalidade de Rédeas.
Foi um dos fundadores da Associação Nacional do Cavalos de Rédeas (ANCR), sendo seu primeiro presidente e também o primeiro campeão do Potro do Futuro da ANCR. Seu envolvimento com cavalos começou como um sonho de criança, mesmo tendo trabalhado na tecelagem da família. Após cursar administração de empresas, Deleu decidiu seguir sua verdadeira paixão: trabalhar com cavalos, iniciando sua jornada na criação da raça Appaloosa, em 1983.
O desejo de aprender a domar cavalos o levou aos Estados Unidos, onde apesar dos desafios, com forte persistência e apoio do pai se tornou um dos maiores criadores e competidores do Quarto de Milha. Foi no Texas que Deleu conheceu a treinadora Laurie McCulloch, campeã mundial de Western Pleasure, com quem se casou.
De volta ao Brasil em 1988, ele estabeleceu um centro de treinamento em Porto Feliz (SP), o primeiro a oferecer treinamento em Rédeas, Western Pleasure e Conformação no país. Neste mesmo ano, conheceu o presidente da ABQM, dr. Sérgio Nouguês, que disponibilizou a ele alguns animais da raça Quarto de Milha para treinar e competir Rédeas. E junto com os amigos Jango (Salgado), Eduardo Ribeiro e Paulo Farha fundou em 1990 a ANCR. Nas pistas, no memo ano, Deleu foi o primeiro vencedor do Potro do Futuro desta associação, montando Flicker Playboy. Já pela ABQM conquistou dois títulos de reservado campeão Potro do Futuro da classe Aberta, com Hollywood Doc SLN e Docs Squaw. Ao longo das últimas décadas obteve diversas conquistas, tanto como dirigente quanto competidor.
Em 1996, retornou aos EUA e criou o Deleu Ranch, em Collinsville, no Texas, onde permanece até hoje. Com 40 anos dedicados ao cavalo, Deleu trabalhou com animais de renome internacional que se destacaram, como: Blue Bayo Boon, Boonlight Dancer, Bueno Starlight, Captain Jay, Country Dun It, Dog Patch Doc, Jay Apollo Bars, Melodys Dun It, Moms Silverado Cat, Nitro Dual Doc, Okie Easterwood, One Nite Roost, Pocodo Andy, Real Gun, Reminic N Dunit, Roosters Tru Luck, Shiners Homeboy, Starlights Frostylena, Texas Bill, entre outros, deixando um legado que transcende as gerações.
A história de Carlos Alberto Deleu é um testemunho de determinação, paixão e conquistas que moldaram profundamente a trajetória do Quarto de Milha no Brasil, ao formar grandes campeões para os criadores e proprietários da raça no país. Seu legado ressoa nas memórias daqueles que o conhecem e nas realizações que perpetuam a tradição do cavalo mais versátil do mundo e que o fizeram chegar ao Hall da Fama da ABQM.
Jairo Martins de Oliveira (in memoriam)
Jairo Martins de Oliveira foi um ícone do Quarto de Milha no Brasil e deixou um legado inestimável como o primeiro treinador de cavalos da raça no país. Nascido em 1938, Jairo dedicou sua vida ao aprimoramento das práticas equestres e à formação de talentosos cavaleiros e amazonas. Sua partida ocorreu em 2016, aos 78 anos, deixando seu nome marcado na história da raça e seu legado continua influenciando as novas gerações.
O lendário quartista iniciou sua trajetória no Quarto de Milha, em 1963, quando foi convidado por Adão Lereno Medeiros para trabalhar na Fazenda Água de Prata, em Taciba (SP). Em 1970, sua história se entrelaçou com a fundação do Rancho Quarto de Milha de Presidente Prudente (SP), quando passou a residir e cuidar do local. Rolando Rosas Neto, um dos fundadores do Rancho, foi quem trouxe o “peão” do Paraná que se tornaria um dos maiores nomes da raça no Brasil.
Desde então, Jairo foi se aperfeiçoando e aprendendo novidades do Quarto de Milha, através de vídeos que Benedito Moreira recebia do seu patrão Heraldo de Araújo Pessoa (diretor da ABQM), nas suas viagens aos EUA, e mostravam as novas técnicas do Laço e adestramento dos cavalos da raça. No ano de 1975, Jairo fez parte da primeira equipe de laçadores do Rancho Quarto de Milha formada pelo instrutor norte-americano Bobby Seals – campeão mundial de Laço.
Em 1977, durante a Expo Londrina (PR), Jairo se consagrou como o primeiro recordista brasileiro da modalidade, marcando o tempo de 12 segundos. Esse feito destacou sua habilidade excepcional no esporte. Sua contribuição foi além das competições e, também, se tornou um reconhecido treinador dos esportes de velocidade da raça.
Como instrutor, Jairo foi o grande mestre de uma prestigiada geração de cavaleiros. Ao transmitir seus conhecimentos e técnicas no Laço, Seis Balizas e Três Tambores, moldou inúmeros talentos que se tornaram campeões reconhecidos, entre eles: Lucinei Nunes Nogueira (o saudoso “Testa”), Geraldo Júnior, Guilherme Prata, Guto Medeiros, além das amazonas Fátima Medeiros, Renata Terra, Renata Prata e Mônica Ribeiro.
Jarbas Leonel Bertolli (in memoriam)
Jarbas Leonel Bertolli, porto-alegrense nascido em 1948 e formado pela Universidade de São Paulo na década de 1970, desempenhou um papel crucial na Associação Brasileira do Quarto de Milha (ABQM) ao dedicar sua vida em prol da paixão pelos cavalos.
Sua trajetória com a raça de cavalos mais versátil do mundo começou na gestão de Sérgio Nouguês, em 1986, quando ingressou na ABQM. Durante seus 26 anos como superintendente-técnico do Stud Book da Associação Quartista deixou uma marca significativa na organização.
Jarbas foi encarregado da implementação do Sistema de Informática para registros genealógicos de animais e credenciamento de inspetores, contribuindo para modernizar e agilizar os processos da Associação.
Com grande experiência como inspetor e médico veterinário, Bertolli foi um profundo conhecedor do cavalo Quarto de Milha. Seu legado é uma síntese de dedicação, conhecimento técnico e contribuições inestimáveis para a preservação e desenvolvimento da raça.
Conhecedor profundo de tudo que se refere ao cartório do cavalo Quarto de Milha, Jarbas Leonel Bertolli faleceu aos 74 anos, em 11 de setembro de 2022, deixando um legado de conhecimento e competência que perdurará na história e que agora passará a ser eternizado no Hall da Fama da ABQM.
Wellington Germano de Queiroz (in memoriam)
Um dos maiores criadores de cavalos Quarto de Milha de Corrida do Brasil, Wellington Germano de Queiroz deixou uma herança inestimável para a raça. O potiguar, natural de Luís Gomes, no Rio Grande do Norte, foi um notável investidor do mercado de cavalos de Corrida, tornando-se ícone na criação da raça investindo em genética de alta qualidade e trazendo ao Brasil campeões internacionais. Proprietário do Haras Fazenda Bela, Queiroz presidiu ainda o Centro Hípico do Oeste S/A e foi um dos fundadores e presidente do Jockey Club de Sorocaba.
Apaixonado por corridas de cavalos, ao longo de mais de três décadas, o quartista realizou aquisições de grandes exemplares da raça tanto no mercado interno quanto no norte-americano, o que tornou o Haras Fazenda Bela líder nas principais competições esportivas nos anos de 1990. Seu papel como criador foi fundamental para enriquecer a criação nacional, introduzindo importantes garanhões do Quarto de Milha no Brasil, incluindo o campeão mundial Super Sound Charge, Ronas Ryon e o excepcional Holland Ease, produtor de Corona Cartel, um dos melhores exemplares da raça no mundo. Seu plantel foi Líder de Estatísticas do Jockey Club de Sorocaba em várias temporadas.
Wellington Germano de Queiroz foi também precursor das corridas de cavalos no Nordeste. Sua dedicação e paixão pela raça Quarto de Milha se refletiram no plantel de mais de 200 animais puros que chegou a possuir.
Sua dedicação e paixão pela raça persistem como uma influência duradoura na comunidade de criadores e amantes do Quarto de Milha, marcando uma era de excelência em nossa história. O sonho que Queiroz tinha de um futuro promissor para os nossos cavalos se tornou realidade e agora seu nome passa a estar eternizado no Hall da Fama da ABQM.Parte superior do formulário
Animais Premiados
Conteúdo com Anos 2022-2023 .
MR PAR THREE
ascido em abril de 1974, MR PAR THREE é considerado um dos cavalos mais versáteis na reprodução do Quarto de Milha no Brasil. Filho de PAR THREE e GARTEL GAL, o garanhão de criação da SPRING CREEK FARM, na Pensilvânia (EUA), deixou uma legião de filhos e netos premiados.
MR PAR THREE é neto do lendário THREE BARS (TB) – Hall da Fama da AQHA de 1989, que foi produtor de grandes exemplares da raça. Foi um grande pai e avô, carregando em seu pedigree a base do plantel mundial do Quarto de Milha em três linhagens da raça: Corrida, Conformação e Trabalho, além de comprovar na reprodução sua alta qualidade genética nas pistas.
Ele desembarcou no Brasil em 1976, trazido pelo criador José Carlos Delfim Miranda, o Cacau, proprietário do Pruden Haras, em Presidente Prudente (SP). MR PAR THREE foi um grande pai, com 385 filhos que juntos somam 697,5 pontos no ranking geral da ABQM.
Dos seus produtos mais pontuados, por modalidade, estão: COKE PAR PH, SKIPPY PAR HF e NIGHT PAR, na Conformação; a campeoníssima SHADY PAR PH - Hall da Fama ABQM 2016, na Apartação; CHERRY GAL, nas Seis Balizas; MR PACO PAR, nos Três Tambores; além do premiadíssimo SHELTER PAR, na Vaquejada.
MR PAR THREE desapareceu em junho de 2021, aos 27 anos, e deixou um grande legado também como avô, com um total de 245 netos (até janeiro/2024) que já acumulam 2.606,25 pontos. Entre os machos mais pontuados estão: MARIANO JACK’S (291 pontos), XINGU HD (289,5 pontos) e EMBLEM PAR HC (162,5). Já das fêmeas, destacam-se: ETY PAR C (132,5 pontos), MISS COMPLIKE HJF (90,5 pontos) e DIDIA DD (55,5 pontos).
OLD HONDO
ascido em 30 de agosto de 1973, tornou-se um dos cavalos castrados mais premiados de todos os tempos na história da ABQM, acumulando 388 pontos em campanha nas pistas, no período de 81 até 92. OLD HONDO se tornou um Quarto de Milha de destaque devido a sua versatilidade, foi campeão de diversas modalidades, sendo o primeiro cavalo Puro de Origem (PO) da raça castrado do país.
Esse cavalo baio, 1° animal puro castrado no Brasil, filho de Hondo Ranchero (4º animal a ser registrado na ABQM) com a reprodutora Guthriewood, por Old Hollywood (AQHA), foi da criação do Bauru Haras.
Old Hondo foi adquirido em setembro de 79 pelo grupo Luiz Zillo & Sobrinhos, onde fez curtíssima campanha, pois seis meses após passou em definitivo para a propriedade de Willian Koury, da cidade de Garça (SP). A partir daí mostrou toda à sua versatilidade e potencial como um excelente atleta, tanto nas provas cronometradas como nas técnicas. Montado pelos irmãos Paulo Koury e William Koury Filho deu o galope da vitória inúmeras vezes, como nas Seis Balizas onde está colocado em 14º lugar no Ranking Geral de Animais da Modalidade, em todos os tempos, por conquistar a 1ª colocação em 35 oportunidades, além de 12-2ºs e 6-3ºs lugares, acumulando 196 pontos e obter o Registro de Mérito Superior das classes Amador e Jovem.
Nos Cinco Tambores também mantém posição de destaque, ocupando a 2ª posição pelo Ranking Geral desta prova, totalizando 86 pontos por intermédio de dez vitórias, 7-2ºs e 5-3ºs lugares, sendo Registro de Mérito Superior (Aberta).
Pela prova de Maneabilidade e Velocidade atingiu 54 pontos pelas conquistas de: 25-1ºs, 8-2ºs e 2-3ºs lugares. Concluindo as provas cronometradas, esse baio somou 47 pontos nos Três Tambores, através de nove vitórias, 3-2ºs e 6-3ºs lugares.
Já em relação às competições técnicas, também deixou sua marca. Em Apartação, que foi seu início de campanha, fez um segundo e dois terceiros lugares; e encerrou as atividades nas provas de Rédeas, sob o comando de Paulo Koury, obtendo dois títulos de campeão, além de 9-2ºs e 4-3ºs lugares.
Old Hondo foi o 1° animal puro castrado no Brasil, desapareceu em 2001, mas deixou um legado de conquistas nas pistas que o levou a ser selecionado à fazer parte do seleto grupo de homenageados neste 13º Hall da Fama.
PRINCÍPE ROJO
ilho de EL REY ROJO e LARGUITA, PRINCIPE ROJO foi um dos cavalos da raça Quarto de Milha que se tornaram célebres no Brasil, na década de 1980. Esse alazão tostado (puro de origem) foi responsável por uma linhagem histórica de cavalos vencedores de Vaquejada. De propriedade do advogado e fazendeiro Francisco Jacinto, PRINCIPE ROJO chegou à cidade de Presidente Prudente (SP), depois de ser adquirido da norte-americana Swift King Ranch (SKR).
O filho de Jacinto, João, foi quem escolheu PRINCIPE ROJO entre dois potros, após a direção da maior fazenda dos EUA, abrir uma exceção para o jovem participante de rodeios universitários nos EUA comprar o animal fora do leilão. Nascido em março de 1968, o garanhão foi uma das primeiras importações da raça no Brasil.
PRINCIPE ROJO foi usado na produção de cavalos de lida. Alguns animais de sua produção foram levados para o Nordeste, contribuindo para o desenvolvimento da Vaquejada. Um dos famosos filhos do garanhão foi LATINO ROJO (Xodó) – montado pelo vaqueiro “Piteta” que derrubava bois segurando apenas na crina do animal, sem usar os arreios. Cavalo adquirido por José Pereira de Andrade, de Pernambuco. Ainda para esse estado seguiu também os cavalos Naipe Rojo e El Lago Rojo. Já para o Rio Grande do Norte, a geração de PRINCIPE ROJO se alastrou para várias propriedades, como na Fazenda Bom Pasto, de Serrinha, pertencente a José Teixeira Junior, que buscou a excelência na linhagem do reprodutor levando às fêmeas: Cindy’s Princess, Miss Surething Rojo, Super Dooper Rojo e Xuxa Rojovárias, além do cavalo Thunder Chief. Já para outros plantéis do mesmo estado se destacaram Blob Rojo e Double Rojo.
PRINCIPE ROJO desapareceu em maio de 1995 e foi responsável pela produção de muitos filhos e netos espalhados por várias regiões e que se destacaram nas pistas.
SALTILLO JR
esde sua chegada ao Brasil em 1954, trazida pela Swift King Ranch (SKR), a raça Quarto de Milha mostrou que seria diferenciada e que atraiu em pouco tempo muitos adeptos e admiradores.
Para quem não conheceu sua origem, é importante destacar que a SKR era uma empresa pertencente a um forte grupo norte-americano, possuidor das maiores fazendas no Texas, e veio para cá alguns anos antes investir em terras, adquirido algumas Fazendas que se tornaram conhecidas com o passar do tempo pelos quartistas (Bartira, Laranja Doce, Formosa e Mosquito). Todas localizadas na região Oeste do Estado de São Paulo, próximas às cidades de Presidente Prudente, Rancharia e Narandiba, que vieram a se tornar “O Berço da Raça Quarto de Milha”. E, a partir daí, trouxe em sua primeira remessa ocorrida em 26/02/1954, o garanhão Saltillo Jr, que é filho de Ranchero e Golden Pep (Peppy) e seis éguas, além de 270 cabeças de gado Santa Gertrudis (34 tourinhos e 236 novilhas).
O desembarque ocorreu na Estação Ferroviária da Fazenda Bartira, vindos de São Paulo, e seguiu para a Fazenda Laranja Doce, em Rancharia.
Já com a morte de Saltillo Jr em 1960, alguns anos depois a SKR trouxe Caracolito para substituí-lo na reprodução. Animal este que veio a se tornar o primeiro a ser registrado na ABQM.
Sem dúvida, a Swift King Ranch teve uma contribuição fundamental para a expansão da raça QM no Brasil, tanto em relação à sua origem como em trazer dos EUA, além de Saltillo Jr e Caracolito, outros importantes garanhões e matrizes.
ST CAJUINA
ascida em 25 de outubro de 1995, a égua de pelagem baio (pura de origem) ST CAJUINA é a reprodutora número 1 do Brasil. Filha do lendário SHADY LEO e LADY SUGAR FF (Hayward Johnny), a fêmea lidera o Ranking Geral da ABQM, em todos os tempos, como reprodutora, com 27 filhos e 4.127 pontos (janeiro/2024), em apenas três modalidades: 4017 nos Três Tambores; 77 no Laço Cabeça e 33 nas Seis Balizas.
De criação e propriedade de Marcio Matheus Tolentino, do Haras ST, de Bauru (SP) – há 48 anos considerado como referência na seleção genética de animais da raça no país, a fêmea é uma das melhores matrizes brasileiras de Três Tambores, ao lado de sua filha, a premiadíssima ST TAPIOCA, que hoje lidera o Ranking Geral da ABQM como o animal mais pontuado de todos os tempos, com 1.443 pontos (janeiro/2024), além de ser mãe também de outras craques, como: ST VANITA FLY, ST CAXUXITA, ST LENA LEO, ST TREISSETE, ST SUKITA e ST SUGAR BEE.
ST CAJUINA venceu, por oito anos consecutivos, o Awards como melhor reprodutora, entre 2008-2015, desde que o prêmio foi criado pela Associação há 16 anos. Sua linhagem é tão forte que traz o DNA dos maiores clássicos americanos formadores da raça, como THREE BARS, LEO SUGAR BAR, KING E POCO BUENO. Com genética e morfologia dominantes, a égua é um produto brasileiro que mesmo depois do seu desparecimento, em 2023, continua a oferecer descendentes de alta performance, com impressionante saúde atlética para as pistas.
Já como avó, a cada ano, ST CAJUINA continua surpreendendo com as novas gerações de descendentes.
Nos últimos anos, ST CAJUINA fez acasalamentos inéditos com renomados garanhões brasileiros, como AIM TA FAME (Haras Two Brothers), MR TA FAME (Haras Nossa Sra. Aparecida) e FAMOUS BULLET (Haras Agae). Por ser uma das maiores referências genéticas da raça no Brasil, hoje entra para o seleto Hall da Fama dos animais mais prestigiados da ABQM.