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Quartistas Homenageados
Conteúdo com Anos 2015 .
Quartistas Homenageados
Quatro novos importantes quartistas são eternizados na história do Quarto de Milha. A ABQM homenageia aqueles que têm seus nomes lembrados na memória dos quartistas brasileiros, sejam eles destacados como dirigentes, criadores, proprietários ou profissionais do cavalo.
Eloi Medeiros
Aos seus 57 anos de idade, o treinador de destacados animais, Eloi Medeiros Loureiro, tem uma história que se mistura ao desenvolvimento da raça Quarto de Milha no país. Ele foi criado na cidade de Bela Vista (MS) e acumulou importantes títulos em sua carreira. Lembrando sua trajetória, ele mesmo conta como tudo aconteceu:
“Meu início na raça Quarto de Milha foi como se estivesse construindo uma escada de degrau em degrau. Comecei pelo conhecimento da morfologia, aprumos, depois como corrigi-los, passando para as suas características. Como, na época, não se conhecia os registros dos animais, eu os treinava para Laço, Rédeas e Corrida. Aquele que não me obedecia e corria muito, mandava para Corrida; o mais inteligente, com mais tranquilidade, era experimentado em outras modalidades, pois éramos carentes de informação sobre genética. Mas, como eu era uma pedra bruta a ser lapidada, dizia pro ‘paizão’ Cacau (José Carlos Delfim Miranda): ‘Isso voa!’. Não sei se ele me entendia, mas formamos uma dupla de sucesso.
Dividia o treinamento em três etapas. A primeira, pela nutrição, a segunda, com base no casqueamento e correção de aprumos, e na terceira, iniciávamos na Conformação, com grandes resultados e grandes campeonatos. Levantei o troféu por 12 vezes como campeão de Conformação, tanto apresentando machos como fêmeas. Entre eles, cinco troféus transitórios consecutivos, Grande Campeonato de Potros de Ano, Sobreano, Dois e Três Anos e animais Adultos.
Mais tarde, iniciei a parte de doma de potros - cavalo de Laço, Tambor e Rédeas. Os primeiros grandes cavalos que tive conhecimento foram os importados: Mr Par Three, Show A Chick e Might Door.
Já o primeiro animal que treinei para Apartação foi o King Door PH. Ele era um cavalo 15/16, alazão, e isso foi no ano de 1984, quando nos tornamos campeões Nacionais da categoria Junior. Depois veio a Pan Chick PH, que foi também reservada campeã Junior Nacional. No ano de 1987 surgiu a lenda Shady Par, que foi bicampeã Nacional invicta em dois anos consecutivos e reservada campeã Potro do Futuro de Apartação.
E aí, sentindo necessidade de aperfeiçoar meus conhecimentos, o Pruden Haras me deu uma oportunidade para ir para a América. A história aconteceu assim: Fui numa exposição em Araçatuba, onde tive grandes resultados. Ao ser convidado para um almoço na casa do Sr. José Macário Perez Pria, conheci o Kenny Knowlton, que se esforçou para me levar junto com outros companheiros para conhecermos os grandes cowboys americanos e seus conhecimentos. Lá chegando, fomos ao Rancho do Matlock Rose - o mestre com quem posteriormente aprendi muito. Aliás, uma pessoa humilde que conhecia muito sobre cavalos. Por intermédio dele também fui apresentado para outro talentoso professor do ‘cavalo’, chamado Don Dodge. Depois foi a vez de conhecer Buster Welch, um parceiro amigo e que queria que eu morasse no seu rancho. Por intermédio do Buster, então, conheci Shorty Freeman - um talento! Sabia muito de cavalo, pois fez Smart Little Lena, apresentado por seu filho, Bill Freeman, outra lenda.
No meu retorno, veio o entusiasmo e mais um conhecimento, o de trazer uma linhagem de Apartação. Foi quando importei Little Super Charge em sociedade com o José Carlos Delfim Miranda – que depois veio a se tornar o primeiro presidente da Associação Nacional do Cavalo de Apartação (ANCA). Aliás, devo ao Cacau e à Dona Rosa Maria Peretti (em memória), um agradecimento especial pelo grande apoio que me deram.
Little chegou ao Brasil com 18 meses de idade e, depois de algum tempo, eu iniciei o seu treinamento. Ele nos proporcionou grandes resultados, mas, infelizmente, no auge de sua carreira, sofreu uma grave fratura no jarrete, ficando só para reprodução.
Sobre o plantel brasileiro, posso dizer sem medo de errar que o grande fenômeno da Apartação no Brasil foi a égua preta Shady Par PH, que tinha como pai Mr Par Three e o avô materno Shady Apollo Bars. Com ela fui Bicampeão Nacional e também vitorioso em outros países da América Latina, onde fazia grandes apresentações. Esse período de crescimento da modalidade Apartação ficou marcado na memória de todos os apaixonados por cavalos.
Em minha opinião, a Apartação só existe no Brasil graças ao Renato Eugênio de Rezende Barbosa (Tô), José Macário Perez Pria e Antônio Renato Prata (Pratinha), que não mediram esforços para o crescimento da modalidade no país.
Guardo comigo um provérbio africano em que me espelhei para chegar onde cheguei. Ele diz assim: ‘Toda manhã, na África, a gazela acorda e sabe que precisa correr mais rápido que o mais rápido dos leões para sobreviver. Toda manhã, um leão acorda e sabe que precisa correr mais rápido que a mais lenta das gazelas senão morrerá de fome. Não importa se você é um leão ou uma gazela, quando o sol nascer, comece a correr atrás de seus objetivos.
Além disso, eu digo sempre que se Picasso, o pintor, fosse vivo, diria que treinar cavalo é uma arte”.
Samir Jubran
A história de Samir Jubran envolve importantes atuações empresariais na economia brasileira. Á frente do Grupo Jubran, no comando da Construtora Jubran Engenharia, realizou obras em várias regiões do país. No setor agropecuário, chegou a ser conhecido como o "Rei do Gado", pois era proprietário de mais de 300 mil hectares em fazendas nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Segundo vários órgãos de imprensa, só na cidade de Batayporã (MS), o pecuarista possuía cerca de 35 mil cabeças de gado divididas em aproximadamente 30 mil hectares para cruzamento de raças zebuínas para engorda. Foi destacado selecionador de gado Nelore de elite, obtendo importantes prêmios. Atuou também em outras áreas do agronegócio, angariando grandes resultados na produção de milho, soja, cana-de-açúcar e de celulose em florestas de eucalipto.
Mas, seu maior prazer eram os cavalos Quarto de Milha de Corrida. Ao longo de sua vida, formou um plantel dos mais premiados no turfe quartista e, sem dúvida, seu nome sempre estará associado com a lenda chamada Dash For Cash Jr. Importado por Samir Jubran, esse cavalo, que passou a ser eternizado na raça desde o 1º Hall da Fama da ABQM, chegou ao Brasil em 1980 ainda potro ao pé, trazido junto com sua mãe, a reprodutora norte-americana Smooth Leda (Jet Smooth). Dash For Cash Jr é filho do extraordinário campeão e produtor de inúmeros campeões, Dash For Cash. O defensor do Haras Fazenda Campo Alegre estreou no dia 18 de abril de 1981, no hipódromo de Avaré (SP), e acumulou em pouco mais de dois anos um invejável cartel, com 12 vitórias em 16 apresentações, destacando-se o título da Tríplice Coroa em 1981, vencendo os GPs Brasil (365 metros), Derby Nacional (402 metros) e C.C.C.C.N. (503 metros). Também obteve dois recordes de pista, um nos 365 metros (400 jardas) em Avaré e outro nos 700 metros na pista de Carazinho (RS), quando derrotou os mais velozes animais da raça PSI. Na reprodução, Dash For Cash Jr consagrou-se, servindo éguas dos mais diversos criadores. Embora desaparecido em 12 de janeiro de 1991, tornou-se pentacampeão de Estatísticas de Reprodutores, sendo pai e avô de inúmeros ganhadores clássicos.
Por sua destacada trajetória e referência no cenário nacional, Samir Jubran tornou-se presidente da ABQM por dois mandatos consecutivos (biênios: 1979/1981 e 1981/1983). Entre suas principais ações à frente da entidade, implantou o sistema de informática, proporcionando maior estrutura em relação às informações dos animais, além da agilização na entrega dos documentos. A partir dessa atualização, deu-se início também ao trabalho de apuração e entrega dos Certificados de Registros de Méritos. Outra ação implementada foi a campanha dos 2 mil sócios, pois quando assumiu a direção, a ABQM tinha em seu quadro cerca de um mil afiliados.
Samir Jubran faleceu no dia 17 de novembro de 2012, no hospital Sírio Libanês, na capital paulista, aos 77 anos.
Olival Tenório Costa
Olival Tenório Costa nasceu no município de Atalaia, Estado de Alagoas, no dia 8 de novembro de 1922, e veio a falecer no dia 6 de maio de 2013, aos 91 anos. Ele foi o segundo filho de José da Costa Tenório e Isabel Tenório Cavalcante. Oriundo de uma família numerosa, composta por sete irmãos, desde jovem se destacou por seu espírito pioneiro e empreendedor. E para mostrar esses atributos, sua neta Marla Tenório conta detalhes desde o período em que ele levou a raça Quarto de Milha para Alagoas.
E Marla diz: “No ano de 1945, Olival Tenório formou-se engenheiro químico industrial pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Naquela mesma época se casou com Edna Tenório Costa, mostrando-se um marido e pai exemplar para seus quatro filhos - Tereza, Maurício, Isabel e Marcelo - e, posteriormente, também avô carinhoso de 16 netos, oito bisnetos e um tataraneto.
Ele trabalhou na Usina Uruba, pertencente ao Grupo Gondin, antes de fundar a sua própria empresa, em parceria com o seu sogro José Tenório de Albuquerque Lins, a Triunfo Agroindustrial SA. A Triunfo ficava no município de Boca da Mata, no Estado de Alagoas. Alguns anos após o término da sociedade com seu sogro, ele fundou o Grupo Olival Tenório, composto pela Usina Porto Rico, Destilaria Autônoma Porto Alegre, Importadora Auto Peças, Importadora Pneus e a Agropecuária Olival Tenório - sua maior paixão. Destacou-se no cenário brasileiro como um dos maiores criadores da raça Nelore, sagrando-se 11 vezes Campeão Nordestino e Tricampeão Nacional consecutivo em Uberaba (MG), com um plantel de qualidade reconhecida por todos. Em 2014, seu criatório foi um dos homenageados durante a comemoração de 80 anos da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), realizado em Uberaba.
Ele foi também um dos introdutores da raça Quarto de Milha em Alagoas, quando, em meados dos anos 1970, adquiriu algumas matrizes de tradicionais criatórios da região de Presidente Prudente (SP), como Swift King Ranch (SKR), Haras GR, do titular Geraldo Ribeiro de Souza, e do Pruden Haras, de José Carlos Delfim Miranda, bem como algumas matrizes importadas, filhas dos mais importantes garanhões da raça na época. Iniciou-se então o Haras Porto Rico, idealizado por seu genro Denison Costa de Amorim, e gerenciado pelo renomado Carlos Moraes, um dos pioneiros no desenvolvimento de uma linhagem voltada para o esporte da Vaquejada. Seu garanhão, Doc’s Bar PH, tornou-se uma lenda na linhagem de Trabalho e nas Vaquejadas em todo o Nordeste. Além de Doc’s Bar, destacaram-se também outros importantes garanhões como Mr Let Gold, Mr Adams Ed, Let Add, Gold Gap, Sage Skipper, Peppy Dry Badger, Panasco SKR, Eternal Fire SLN, entre outros”.
Atualmente, Marla Tenório de Amorim Loureiro dá continuidade ao trabalho do avô Olival e do pai Denison com o Haras Porto Rico, que foi relocado para as fazendas São Sebastião e Recanto, sede do criatório de gado Nelore - ambas em Limoeiro de Anadia, Alagoas.
O criador Olival Tenório Costa faleceu há quase dois anos, no dia 6 de maio de 2013, mas deixou um legado de competência e visão na criação dos cavalos Quarto de Milha no Estado de Alagoas.
José Macário Perez Pria
Um dos pioneiros da raça e participante ativo das provas, o mexicano José Macário Perez Pria conta um pouco de sua trajetória.
“Meu primeiro contato com cavalo foi em 1944, com apenas quatro anos de idade, quando montei e levei o meu primeiro de muitos tombos. Esse cavalo, que por sinal era um Quarto de Milha sem registro, pois naquele tempo, no México, em Chihuahua - vizinho do Texas -, podia se comprar cavalos por ali e em outros estados e simplesmente transportá-los, entrando no México sem restrição nenhuma.
Os primeiros animais QM com registro foram adquiridos em 1960, quando cursava a New México State University. Foram cinco éguas puras com pai e mãe, predominantemente, de Corrida, e todas descendentes diretas de Leo.
Durante meus estudos de high school, fiz escola militar (Culver Military Academy), estive na Black Horse Troop, que existe até hoje. Lá são usadas mais cruzas, principalmente de PSI (Puro Sangue Inglês). Foi lá que fiz Salto e Polo e também participei do desfile de posse do presidente Eisenhower em 1957, pois pertencia ao Lancer Platoon - a elite da tropa, que conta com 120 cavalos.
Comprei meu primeiro cavalo puro no Brasil no primeiro Leilão King Ranch, na Fazenda Bartira. Isso foi em 1967, quando adquiri o cavalo Maranhão Barravento Brasil, filho de Caracolito e La Semilla.
Em 1969 participei da fundação da ABQM e possuía animais ½ sangue e ¾, pois naquela época era muito difícil adquirir cavalos puros. O primeiro plantel puro foi formado por éguas importadas que comprei do Sr. Garon Maia, de Maringá (PR), que, por motivos pessoais, decidiu se desfazer da sua tropa. Comprei tudo dele. A partir desse momento, senti a necessidade de melhorar o plantel e me dedicar mais aos eventos. Foi então que, em 1982, importei o Heza Cool Peppy, que pertencia ao Sr. Buster Welch. Aliás, ele o treinou e depois o meu amigo Tommy Houston competiu no Futurity. Nessa ocasião, o Tô (Renato Eugênio de Rezende Barbosa) e o Billy Cintra foram aos Estados Unidos comigo e meus filhos para assistirmos o evento. E foi a partir daí que entramos firmes no Campeonato Nacional. Em 1986, o Sr. Sérgio Nouguès veio até Araçatuba (SP) pedir minha ajuda para fazer o Potro do Futuro da ABQM. Eu aceitei, avisando que deveria ser realizado em minha cidade. E assim foi feito. Vieram participantes de muitos estados brasileiros, inclusive de Pernambuco, e foi quando nasceu minha amizade fraterna com o Marcelo de Holanda Guerra, que posteriormente viria a fazer parte da minha diretoria na ABQM.
Em 1986 houve aquela campanha que enfatizava o poder de voz das modalidades de Trabalho dentro da Associação, pois até então só a Corrida mandava. Então, em 1987, fui eleito após uma conturbada eleição para comandar os destinos da ABQM. Nossa gestão foi pautada no desenvolvimento da raça pelo país e na criação de núcleos regionais. Já no primeiro ano, nossa administração proporcionou um aumento considerável no número de eventos por todo o país, chegando a 49 e, no final de 88, com 131 eventos. Ou seja, foi realizado um evento a cada dois dias e meio. Além dos campeonatos, a expansão do quadro associativo também foi muito representativa, passando de 2.477 em abril de 1987 para 5.105 sócios em dezembro de 1988, considerando-se também que o plantel brasileiro aumentou de forma excepcional; somente nessa temporada (87/88), foram cobertas 25 mil éguas. Duas outras ações nos deixaram orgulhosos também: Uma foi a criação de inúmeros núcleos de Quarto de Milha pelo Brasil e a outra foi a do voto por correspondência, que proporcionou a todos criadores a oportunidade de participar da eleição da ABQM de maneira democrática e sadia”.
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Animais Premiados
Quatro destacados animais deixaram seus nomes marcados na história da raça Quarto de Milha, nesta 10ª edução do Hall da Fama, no dia 28 de fevereiro, Casa Giardini, em São Paulo, capital.
Trouble Two Times
o início da década de 1970, Fauzet Farha já havia iniciado sua criação de cavalo Quarto de Milha. Em dezembro de 1976, numa visita ao Joe Maclaughlin Ranch, em Richardson (Texas), enquanto selecionava algumas éguas para comprar, observou um potrinho desmamado, que corria de um lado para outro perseguindo uma galinha e seus pintinhos, numa atitude de brincadeira. Encantado com a cena, disse à Beverly, uma acompanhante tradutora e que mediava às negociações: “Somente me interesso pela aquisição das éguas se o potro fizer parte do lote”. Fauzet não sabia que o cavalo teria uma importância significativa nos destinos da Caruana e de seu filho Paulo Farha, então com 11 anos. A Fazenda pôde oferecer para o plantel brasileiro filhos e netos de Trouble, que foi o 6º maior produtor da história da ABQM de animais de Trabalho. Muitos de seus descendentes se destacaram em diversas competições, como: Arlequim EB 24; Brubaker FF; Bar Trouble FF; Lord Trouble Times; Thunder Trouble FF; Trouble Desotty FF; Trouble Way FF; Shady King Times EK; Move Two Times; Candy Two Times; ST Dandy Shick ST; ST Sukita; Annie Bell Shady; Prenda Shady Trouble; Spirit of Caruana; e Zirconita 2F.
Trouble e Paulo formaram uma dupla perfeita, harmoniosa, muitas vezes campeã, além de tornaram-se grandes amigos inseparáveis. Trouble Two Times foi contemplado com vários títulos de Registro de Mérito e contrariando o significado de seu nome, nunca foi “um problema em dois tempos”.
Mr Jay Bee Dee
astanho, importado, nascido em abril de 1980, ganhador de US$ 32,781 e 88 pontos pela AQHA, foi 4º colocado no Campeonato Mundial AQHA. Esse filho de Son Ofa Doc e Miss JB Reed (JB King) foi trazido ao Brasil por intermédio de Sérgio Luis Cassius, de Presidente Prudente (SP).
Mr Jay Bee Dee se tornou referência na reprodução da linhagem de Trabalho, tanto nos EUA como no Brasil, como pai e avô. Entre seus filhos americanos, destacaram-se na prova de Team Penning: Jay Lady Bee (241 pts. pela AQHA, Campeã Mundial) e MS Jay Bee Olena (151 pts. pela AQHA, campeão Houston Stock Show de Team Penning).
Em pistas brasileiras mostrou mais ainda toda sua versátil genética em várias modalidades, através de inúmeros filhos campeões. Entre os competidores da Apartação, destacaram-se: Riverside (Futurity ANCA, Super Stakes ANCA, Nacional ABQM, Congresso ABQM); Peponita Doc (Futurity ANCA); Doc Nita HB (Derby ANCA); Jay Bee Good (Futurity ANCA, Super Stakes ANCA); Son Ofa Jay (Nacional ANCA, Congresso ABQM e AQHA); Smart Jay Bee Olena (Potro do Futuro ABQM e Super Stakes ANCA); Mr Jay Dusk (Nacional); Jay Solano (Nacional); Bee Of Soul (Potro do Futuro ANCA); Bee Play Dee FM (Congresso); entre outros.
Em relação às provas de Laço: Doc Bee (Nacional ABQM e Congresso ABQM - Laço de Bezerro); e Jay Bee (Congresso e Nacional ABQM - Laço Dupla), entre outros.
Já em Três Tambores: Summer Shady Dream (Congresso ABQM); Miss Savanah Bid (Congresso e Nacional ABQM); JB Lena (Copa dos Campeões ABQM); Cactus Dee Jay (Copa dos Campeões ABQM); entre outros.
Na prova de Team Penning, os nomes são: Lady Bee Dee (Congresso ABQM); Jay Reed Doc (Nacional e Congresso ABQM); Double Baldy FM (Congresso ABQM); Petrina’s Jay MN (Nacional ABQM); entre outros.
E no Ranch Sorting com Mr Tine Bel (Nacional ABQM).
Jazzy Jay
história de Jazzy Jay é contada por seu proprietário Luciano Borges Ribeiro, da cidade mineira de Uberaba. Segundo ele, tudo teve início em dezembro de 1988, quando em Aubrey (Texas) foi assistir a uma das tradicionais provas de final de semana. “O domingo estava muito frio e chuvoso e a prova foi vencida por uma égua castanha, forte, grossa, com movimentos precisos e vigor que chamava atenção. O nome desse animal era Les Glo Bay. Ela tinha sido apresentada por seu dono, um mecânico de máquinas pesadas.
Naquela época a tendência era procurar animais finalistas nos grandes eventos. Entretanto, Les Glo Bay impressionava muito pela beleza de seus movimentos e pelo valor total ganho em pequenas provas. No mesmo domingo adquiri a égua que, com outras três já compradas - Little Topi, Clarks Hugger e Ginger Tari -, seguiram para o rancho de Art Faux, em Orlando (Flórida).
No Texas, tive a oportunidade de conhecer Mr. Shorty Freeman, talvez o melhor criador de cavalos de Apartação de todos os tempos. Em minhas visitas, procurei sempre ouvir com muita atenção seus ensinamentos sobre cruzamentos, criação e trabalho com as melhores linhagens.
As éguas já estavam na Flórida, com documentação de importação sendo finalizada, quando percebi que o garanhão Freckles Playboy seria o cruzamento recomendado para as quatro éguas. Adquiri as coberturas e enviei as éguas de volta por uma longa viagem até Oklahoma. Destes cruzamentos nasceram Jassy Jay (Les Glo Bay), Freckles Pepita (Little Topi), campeã Potro do Futuro, Freckles Nevada (Clarks Hugger), campeão Nacional de Rédeas e Tarita Playgirl (Ginger Tari), que se acidentou antes de competir, confirmando o acerto das recomendações do mestre Shorty Freeman.
Jazzy Jay se mostrou um animal diferenciado desde os primeiros dias de vida. Embora mais novo, foi criado solto no pasto junto com a safra de 1989 até o início dos treinamentos. No Brasil foi apresentado até o Potro do Futuro pelo norte-americano Charles Macderman, passando logo a seguir para as mãos de Sergio Martins. Fez carreira brilhante, tendo vencido várias provas, inclusive obtendo os títulos de campeão do Congresso Brasileiro 95 (Goiânia/GO), Show AQHA (Nacional), Nacional ANCA e reservado campeão Derby ANCA.
Como garanhão, produziu extraordinários descendentes como: Tina Play Lena, Scarlet Jay, Tilly Playboy, Miss Lil O'Lena, Freckles Mentira, Jazzy San Badger, Play Around, Colonel Pep Peppy, Frecklena, Mansita Playgirl, Blue Violet, Blue Serenade, entre outros”.