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Quartistas Homenageados
Conteúdo com Anos 2016 .
Quartistas Homenageados
Quatro novos importantes quartistas são eternizados na história do Quarto de Milha. A ABQM homenageia aqueles que têm seus nomes lembrados na memória dos quartistas brasileiros, sejam eles destacados como dirigentes, criadores, proprietários ou profissionais do cavalo.
Vagner Simionato
Vagner Simionato, o Vaguinho, tem 50 anos de idade, sendo 35 “mexendo”, com o Quarto de Milha, levando a qualidade da raça nas provas de velocidade nas mais distantes pistas em todo o País. Dono do VS Treinamentos, é professor, treinador, competidor e muito mais. “Vende cavalos nos leilões, como ninguém”, garante Wilson Dosso, da WV Leilões, para quem trabalha nos grandes pregões. Dono de uma saúde de ferro, cedinho está volta às pistas, onde é o grande mestre da Velocidade em todas modalidades: Três e Cinco Tambores, Seis Balizas e Maneabilidade e Velocidade. Irreverente, em muitas finais, dava fortes tapas na cara, para “acordar” para a vitória E o público... Aplaudia! Outra sua mania: mandar bordar um boné com o tema que está sendo mais comentado no evento. Conheça um pouco de sua história.
“Com 15 anos de idade fiz o primeiro curso com José Eduardo Borba, em 1980, organizado pela ABQM, em Bauru (SP). A clínica durava 30 dias e era o dia inteiro de curso. Minha primeira prova, acho que foi no ano de 1982 ou 1983, com a égua Rola 2, mãe do Sabidão, que foi a primeira cruza que conseguimos e ele virou quase uma lenda nas provas de Velocidade”.
Ele conta que teve momentos que marcaram sua vida: “Um deles, foi quando apresentei a Cromita MA 10, em 1985, no Leilão Máquinas da Velocidade, durante o Congresso. Ela se tornou uma referência para a raça. Aliás, no ano anterior, também consegui muita coisa e posso afirmar que foi o meu melhor ano, pois trabalhei com as crianças ‘especiais’ e isso me marcou muito! Foi durante o Nacional da ABQM, em 1995, quando levei um jovem com Síndrome de Dow para fazer uma apresentação. Sem dúvida foi um momento muito especial”.
Segundo ele, uma coisa que sempre lhe deixa feliz em relação ao “meio” quartista é quando os pais lhe procuram para tirar também os filhos das “baladas”. “Várias vezes eu fiz isso, pois o esporte ajuda a afastar os jovens das ‘noitadas’. Depois de já casados, formados, eles não deixam de me visitar”. E em tom de brincadeira disse: “Sou meio sargentão com a molecada”.
Muitos lhe perguntam qual é a receita para o seu sucesso? – Sem pestanejar, ele responde: “A dedicação é fundamental. É preciso viver o cavalo. Não adianta fazer de conta que é cavaleiro. Tem de ser café-almoço e janta. E, principalmente, não deixar o sucesso subir à cabeça”.
Usando o lado da psicologia, Vaguinho tem a receita: “É preciso estar ao lado de outras pessoas. Escutar o que elas dizem. Perguntar sempre. Ter humildade, mesmo que você saiba. Precisa confirmar seus conhecimentos. O cavalo ensina muita coisa. A partir do momento que você começar a andar sozinho, pensando que sabe tudo, vai começar a sua decadência”.
De uma forma simples, ele diz como se deve fazer para realizar uma boa prova de Três Tambores. “Além de muito treino, o cavaleiro deve virar no primeiro tambor sem muita força. Não desgarrar todo o cavalo nele, pois precisará de mais ‘gás’ para conseguir virar bem os outros dois”.
Sobre os seus planos para o futuro, Vaguinho foi ligeiro: “Até quando meu corpo aguentar. Pretendo ainda montar bons animais com boas linhagens. Fazer bons cavalos para os meus clientes e para o Juninho (meu filho). Além de continuar dando cursos em todo Brasil”. Sobre o Juninho, o mestre não disfarça o sorriso e diz: “Era o meu sonho. Ele, apesar da pouca idade, já está pronto e está dando trabalho pros amigos. Mas que ser jogador de futebol... Ele é bom de bola também. Quem sabe não esteja surgindo outro Neymar...”, brincou.
Em relação às suas inúmeras conquistas, se tornou Líder de Estatísticas da ABQM como competidor de Três e Cinco Tambores, Seis Balizas e Maneabilidade e Velocidade, somando ao longo de sua carreira mais de 5,8 mil pontos. Destacam-se elas: 25 títulos de Campeão do Congresso Brasileiro, oito do Potro do Futuro, 18 Campeonatos Nacionais e seis da Copa dos Campeões, além de ganhar quatro carros, 101 motos e mais de 680 fivelas e troféus conquistados em eventos estaduais e regionais, promovidos por haras e entidades filiadas à ABQM.
Vaguinho divide o seu trabalho em três haras. No Centro de Treinamento VS, em Bauru (SP), “acerta” os cavalos com defeitos, sem hora marcada. Trabalha, às vezes, até de madrugada. Os outros dois são haras onde presta serviços. Todo esse sucesso de 35 anos de carreira, ele comemora agora nesta justa homenagem da ABQM, com o Hall da Fama.
Ovídio Vieira Ferreira
Ovídio Vieira Ferreira passa para a galeria dos imortais do Hall da Fama. Ex-presidente da ABQM, no período de abril de 1993 a outubro de 2009, é titular do Haras São Matheus, no município de Quadra (SP), junto com sua esposa, dona Beth Ferreira. O embrião do haras, o único no Brasil e talvez do mundo que cria as três modalidades, Conformação, Corrida e Trabalho, nasceu em 1974. Neste ano, o casal importou duas éguas: Tardys Delajane 2, filha de Tardy Too e Poco Della Jane (Poco Dell); e La Rancha Cammie (McCook’s Cash x Jan Sta, por Diammond Waggoner). Como nessa época ainda não existia o Haras São Matheus, elas ficavam alojadas na Fazenda Berrante, em Assis (SP), de Renato Eugênio de Rezende Barbosa (Tô), que vendeu também ao casal duas filhas de Shady Apolo Bars: Minie Apolo Bars (mãe: Sparkie Bars, por Paddle G. Bars), importada no ventre; e La Rancha Bars (La Rancha Cammie), carinhosamente chamada de “Pretinha”. Como não era possível desenvolver uma criação própria com éguas alojadas em outros locais, em 1979 elas foram transferidas para uma propriedade em Quadra (SP), que viria ser o atual Haras São Matheus.
As éguas precisavam ser cobertas e o garanhão escolhido foi Fly National MS, que cruzando com Tardys Delajane 2 gerou o potro Tardy Too National. Em 1985, ele ficou em terceiro lugar no Potro do Futuro de Conformação, em Araçatuba (SP). Já o primeiro título da modalidade veio com o Mr Hulk (Mr Three Wars x Red Bee Diamond, por Red Bee Top), campeão Potro do Futuro de Conformação, em 1983, na cidade de Ribeirão Preto (SP). “Compramos ele do criador, Antonio Carlos Quartim Barbosa”, recorda Ovídio, informando que ele era da linhagem de Corrida e também vencedor de GP, no Hipódromo de Tanquinho, na mesma cidade. A partir daí, passou a ser o garanhão do haras e cobriu várias éguas. ”Acreditava que o futuro da Vaquejada, Tambor, Baliza e Laço seria com o cruzamento de Corrida com Trabalho”, previa o criador. “Começamos a vender os filhos do Hulk com éguas de Trabalho”. Em 1986, nasceu Don Diego Bars, filho de Mr Hulk com a Minie. Dois anos depois vendemos ele para o criador pernambucano José Carlos Gonçalves, no 3º Leilão Quarter Horse, promovido pela Cia. Luiz Zillo e Sobrinhos, em Uberaba (MG), e se tornou uma lenda na Vaquejada e foi Hall da Fama da ABQM/2014.
Com o decorrer dos anos, vários outros animais fizeram história, como Lady Bar Winner, uma das éguas base da criação; Tolltac For Cash, finalista do Potro do Futuro 94, recordista dos 402 metros da época; além de MBJ MR Array e Skips Asset, que viraram reprodutores consagrados na Conformação, produzindo vários campeões. Outro que marcou época foi PG Billy Gray, uma das grandes estrelas da linhagem de Trabalho a entrar na reprodução brasileira, além de HA Dual CD Player.
Grandes parcerias também foram sua marca registrada na aquisição de cotas de famosos reprodutores das linhagens de Trabalho, Corrida e Conformação. No Trabalho: Bar’s Apollo VLO, Dixie Cat, Peptotime, Quixgun, Silver Wild SLN (Roxão) e Sugar Cream. Em relação à Velocidade, além de ser proprietário de Chicks Boudro, que obteve três vitórias e dois segundos lugares em Los Alamitos (EUA), o Haras São Matheus é cotista de A Streak Of Cash, Corona For Me, Gold Medal Jess, Granite Lake, Magnifico Fly, Nordick Only VM, Picasso Toll, Splash Bac, Vrrroom e Xodó Fly Toll ZO. Já na Conformação, além de ser proprietário de dois filhos de MBJ Mr Array (Mr Array Obsession e The Best One Array), é cotista de Self Discipline e The Sacred Son.
Dirigente por 16 anos à frente da ABQM
Utilizando em seu discurso de posse, em abril de 1993, o lema: “Honestidade, Ética e Transparência”, Ovídio Vieira Ferreira comandou a ABQM por mais de 16 anos. E relembrando alguns momentos de sua trajetória, até deixar a diretoria em outubro de 2009, ele disse: “Ao longo destes anos pude realizar com o apoio de vários membros de diretoria, ações muito positivas para a coletividade quartista. No Stud Book, procedemos o trabalho de digitalização de quase dois milhões de documentos referentes a 400 mil animais registrados; atualizamos o processo de DNA nos animais para a execução dos registros; reestruturamos e normalizamos o processo de protocolo para oferecer um melhor atendimento ao proprietário; passamos de 400 sócios pagantes para mais de 12 mil e encerramos a gestão com 48 mil proprietários. No setor esportivo, implantamos o antidoping nos cavalos de Trabalho e nas Corridas oficiais da ABQM; realizamos 16 Congressos, 17 Nacionais e 17 Potros do Futuro de Conformação e Trabalho, 17 Grandes Prêmios Potros do Futuro e a oficialização das corridas Sul-americanas do Challenge pela AQHA e a oficialização por essa entidade das provas de Vaquejada e Laço Comprido; além de todos os campeonatos de Vaquejada e Laço Comprido”. Finalizando, disse: “Tenho a certeza que ajudei a construir um Quarto de Milha forte e respeitado pelas demais raças da equinocultura”. E é por todo esse trabalho em prol da raça que a ABQM homenageia o criador Ovídio Vieira Ferreira no Hall da Fama 2016.
Jorge Rudney Atalla
O criador Jorge Rudney Atalla, selecionado pela Diretoria da ABQM para integrar o 6º Hall da Fama, sempre teve participação ativa na raça Quarto de Milha. Seu contato com os equinos começou em 1932 com a mudança dos pais, saindo de São Paulo, para a fazenda em Bocaina, interior do estado.
“Crescemos em lombo de equinos, pela precariedade das estradas até os anos 50. Nosso transporte, por praticamente 20 anos, foi no lombo deles ou em charretes. No período de férias, os visitantes eram muitos e os cavalos eram poucos, por isso chegamos a andar em três num só. Comecei a ouvir falar do Quarto de Milha quando fui para faculdade nos EUA, nos estados do Colorado (Golden) e Oklahoma (Tulsa). De regresso ao Brasil, após cinco anos, e formado em engenharia de petróleo, voltei direto para a agricultura e indústria de açúcar e álcool, além da pecuária. Hoje o rebanho é administrado por minha filha caçula, Anney Atalla, que recentemente importou o garanhão Smart Royal Rey, com seus produtos dos EUA se destacando em competições e leilões”.
Dentre as inúmeras ações de Jorge Atalla em prol da raça e da associação estão: a construção do pavilhão de leilões em Jaú, com todas as comodidades para o leiloeiro, compradores, vendedores e para os bancos financiadores com instalação de placar eletrônico; construção da pista para corridas de curta distância, feita sob regulamentação oficial da ABQM - com instalação para corridas noturnas, inclusive com instalação de photochart; salão para recepção dos criadores, sempre sem nenhum ônus para os criadores; e a participação efetiva na criação do Jockey Club de Sorocaba.
“Nosso plantel de QM foi iniciado em 1972 e chegou a ter mais de 400 animais. Hoje contamos com mais de 150 fêmeas PO e seis garanhões PO. Importamos mais de 120 animais entre machos e fêmeas; produzimos mais de 3.500 animais puros; nos últimos dez anos, comercializamos mais de 360 animais puros, vendidos para todo o Brasil; produzimos animais vencedores na maioria das modalidades de provas praticadas pela ABQM e da Copa Makin A Play de Apartação durante três anos. Gostaria de citar o super campeão de Trabalho, Serginho, que estimulado por mim, acompanhou Rudney Jr no centro de treinamento da Fazenda Berrante”.
“Considero importante mencionar minha participação do King Ranch do Brasil para comprar bovinos e também a aquisição do garanhão El Ricardo. No encerramento da King Ranch no Brasil, adquirimos parte dos importados (filha de MR Sam Peppy e Peppy San Badger), das quais ainda temos alguns animais vivos. Para servir as excelentes matrizes, trouxemos dos EUA, Makin A Play, um potro - e que hoje já tem seus produtos campeões em provas de Rédeas, Apartação e Laço. Com a vinda do Edgewood Farms para o Brasil (o criador mais vitorioso em Conformação dos EUA) e que resolveu não permanecer no país, adquirimos boa parte de seu plantel de Conformação, incluindo matrizes vitoriosas nos EUA e campeãs mundiais. Com a perda do nosso garanhão First Class, buscamos um substituto em MBJ Mr Array, do qual já tínhamos alguns produtos. Colocado à venda em leilão, esse garanhão foi disputado por vários grupos e adquirido pelo consórcio formado por Rudney Atalla, Ovídio Ferreira e Roberto Corá, tendo este após alguns anos vendido sua participação (1/3) para outros criadores. Sobre MBJ Mr Array não é necessário muito se falar, pois é um reprodutor líder do ranking nacional em Conformação e com produtos também vencedores em outras modalidades”.
“Iniciamos o plantel de QM em 1972 estimulados, em primeiro lugar, pela satisfação em criar cavalos, e também pela necessidade que os criadores brasileiros tinham de animais com habilidade para trabalhar com seu rebanho bovino. A grande procura pelo Quarto de Milha e pela exígua oferta no mercado nos levou a buscar no mercado norte- americano o que havia de melhor nessa raça já conhecida por sua rusticidade e qualidade para trabalhar no campo. Fizemos uma grande importação de garanhões e matrizes, visando suprir parcialmente o mercado com seus produtos, e nunca oferecendo ao mercado os animais importados. Nesse período, podemos citar o garanhão Poco San Bar, nosso primeiro cavalo campeão, reprodutor esse que deixou, até hoje, sua genética nos rebanhos brasileiros, podendo citar entre eles, Shantung JA - Campeão Potro do Futuro de Apartação. Iniciou-se também no Brasil a modalidade de corrida em canchas retas, o que nos levou mais uma vez a buscar nos EUA reprodutores e matrizes que produzissem animais com essa habilidade de velocidade em curtas distâncias. Trouxemos o que havia de melhor no mercado norte-americano, assim vieram para o Brasil os garanhões de primeira linha como Scan (Dash For Dash), Dude Raney, Big Red Baron, primeiros filhos do fabuloso Ease Jet a virem para o Brasil. Think A Mite, cujos produtos se destacaram em corridas do Jockey Club de Sorocaba, e seus produtos se destacam em provas de Velocidade, Tambor e Baliza. Destacamos também a égua Miss First Down Dash, o primeiro produto de First Down Dash a vir para o Brasil, e que foi Rainha da Velocidade 94 no Jockey Club de Sorocaba”.
Érico de Oliveira Braga
À paixão de Érico de Oliveira Braga pelos cavalos, que começou na infância, o levou a se tornar um dos mais respeitados e importantes criadores do Quarto de Milha. Engenheiro bauruense, filho dos saudosos educadores Luiz e Luzia Braga, o conhecido empresário está à frente da conceituada empresa Prata Construtora e do grupo Cidade de Comunicação, onde consolidou a liderança do Jornal da Cidade e da Rádio 96 FM. Pecuarista, Érico preside também a ARCO – Associação Rural do Centro Oeste.
Por sua personalidade empreendedora e atuações de resultado, tem sido chamado a emprestar a sua força em gestões nas mais diversas áreas.
Visionário dirigente
Eleito presidente da ABQM em 10 de março de 1989, Érico Braga ocupou o cargo até 1991 e foi o responsável pela realização do primeiro Congresso Brasileiro do Quarto de Milha - um marco na história da raça. Fortaleceu o esporte viabilizando os campeonatos regionais, que pré qualificavam para o Campeonato Nacional, e oficializou as primeiras provas de Vaquejada no Nordeste, com premiações significativas para os animais da raça. Consolidou a informatização do Stud Book e registrou um grande número de animais, atraindo assim novos criadores e competidores para a Associação. Entre outras ações, divulgou e fomentou a raça, levando, pela primeira vez, o Potro do Futuro para fora do Estado de São Paulo e desenvolveu o inesquecível vídeo “O show da raça”, dando ao cavalo Quarto de Milha a dimensão que ele sempre mereceu. Nos anos de 95/96, Érico Braga presidiu o Jockey Club de Sorocaba, o mais importante Hipódromo da América Latina, instituição que, desde 2014, vem presidindo novamente. Casado com Sonia e pai de Érico Franciscato Braga, foi em 1976 que o sonho de menino se tornou realidade, pois nascia o Haras Prata, hoje referência na criação do Quarto de Milha de velocidade e reconhecido berço de campeões.
Com foco no melhor, buscando sempre a mais apurada genética, o cruzamento perfeito e a excelência na criação, o Haras Prata, ao longo de sua história, tem obtido os melhores resultados do turfe nacional, sendo ganhador de quase todos os grandes prêmios da América do Sul. Tem em Signed To Fly (Hall da Fama ABQM 2012), o melhor reprodutor de todos os tempos do QM no Brasil, a base de sua criação. Entre seus principais filhos, destacam-se Signed for More, She´s Signed, Signed by Mama, entre tantos outros expressivos animais da velocidade, além de ser comprovadamente um grande avô materno. Signed to Fly já integra, merecidamente, o Hall da Fama ABQM, assim como a égua Bianca EB 33, criação de Érico Braga. Em 2008 o Haras Prata inovou e importou Granite Lake, que em sua geração estreante no Brasil se firmou como um dos principais garanhões brasileiros, sendo o líder das estatísticas do Jockey Club de Sorocaba, feito que repetiu no ano de 2015, com a fantástica campanha de seus filhos, com destaque para Guapa Granite, a fêmea mais premiada da raça no Brasil, que veio coroar os 40 anos de criação do Haras Prata. Tradição em criar campeões, investir em qualidade, valorizar talentos e prazer em compartilhar vitórias com clientes e amigos, são características reconhecidas e marca registrada de Érico Braga. “Continuar contribuindo para a promoção e a grandeza do Quarto de Milha é para mim motivo de satisfação e orgulho”, afirmou Braga. E por todo seu dinamismo e respeitabilidade, tanto como criador e dirigente, o nome de Érico de Oliveira Braga passa a integrar o seleto grupo de Hall da Fama da ABQM.
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Animais Premiados
Quatro destacados animais deixaram seus nomes marcados na história da raça Quarto de Milha, nesta 10ª edução do Hall da Fama, no dia 28 de fevereiro, Casa Giardini, em São Paulo, capital.
Ronald da ER
mbora fosse possuidor de uma expressiva beleza e estrutura física, fez curta campanha na Conformação, tornando-se campeão em etapas do Campeonato Nacional ABQM em 1983, além de outros eventos regionais entre 82 e 83. E para que os quartistas conheçam um pouco mais de sua trajetória, o pernambucano Sérgio Moura Carneiro Novaes, titular do Haras Casa Branca e seu proprietário, fez um breve relato. Acompanhe: “Quando iniciamos nossa criação de cavalos da raça Quarto de Milha em 1996, em Pernambuco, identificamos o grande potencial do mercado do cavalo de Vaquejada. E embora na época não houvesse estatísticas e rankings de animais ganhadores na modalidade, como os que temos disponíveis na ABQM atualmente, começamos a estudar as linhagens que mais se destacavam em pistas de competição”. Segundo ele, não demorou a concluir que precisava de um garanhão que reunisse o sangue de Shady Apolo Bars e de Eternaly Fred, dois grandes pilares da linhagem do cavalo de Vaquejada. “Após algumas buscas, no ano de 2000 chegamos ao Ronald da ER, um garanhão já maduro, com 19 anos e com muitos filhos campeões em Laço, modalidade que utiliza linhagens com perfil próximo ao da Vaquejada”. Para o criador, o Ronald era um cavalo que se encaixava como uma luva em seu projeto: “Ele era muito bonito, de boa estrutura óssea, bom tamanho, com sangue de boi, de um temperamento fantástico e que reunia em sua genealogia tudo que procurávamos, já que era um filho direto do Shady Apolo Bars numa mãe irmã do Eternaly Fred, a Eternal Red Hobo (Eternal Steel), que por sua vez produziu nada mais nada menos que a campeã das campeãs em Vaquejada, a Midnight ER, conhecida como a égua preta do Ceará”.
Sérgio informou que, comprar o Ronald não foi fácil, pois seu antigo proprietário e criador, o Sr. Adão Lereno de Medeiros, que depois se tornou um grande amigo, tinha muito apego ao cavalo e apesar de na época ter vendido quase a totalidade de suas matrizes, não queria se desfazer dele. “Na época da aquisição, em junho de 2000, contei com a intermediação de um grande amigo, o Marcos Sá, cunhado do Sr. Adão, que o tranquilizou quanto a sua grande preocupação: ter certeza que o Ronald seria bem tratado conosco. A dificuldade na aquisição não foi a transação comercial e sim a garantia de que ele estaria bem em sua nova casa”.
Sérgio conta ainda, que o garanhão cativava pelo seu temperamento e ficou no haras até a sua morte em outubro de 2010, mês em que completaria 30 anos, apesar de ter encerrado sua vida reprodutiva em 2003. “Sua contribuição, para nós, na reprodução foi de apenas quatro estações de monta, mas foi imensurável e temos colhido os frutos deste projeto através de seu filho que se tornou nosso garanhão e de suas filhas que são grandes pilares entre nossas matrizes”. Sérgio ratificou que a vida reprodutiva de Ronald foi curta no Haras Casa Branca, e nos primeiros anos não foi fácil segurar seus filhos no nordeste, pois com os leilões transmitidos ao vivo boa parte deles foi adquirida para as provas de Laço e Tambor no Sudeste e Centro-Oeste.
“Na Vaquejada ele foi um garanhão que fez garanhões, o que não é fácil! Entre seus filhos destacam-se dois super produtores nesta modalidade esportiva: o Myke Ronald Bars, que morreu este ano, também aos 30 anos, e o Ronald Gates HCB, que apesar de ser um garanhão jovem de apenas 13 anos já desponta com sucesso”, pontuou o criador.
Alamitos Gates HCB
Sérgio Novaes lembrou que o primeiro ganhador da história do Potro do Futuro ABQM de Vaquejada, em 2003, foi um filho de Ronald, o Shady Red FO, 2003, em evento realizado no Parque Rufina Borba, em Bezerros (PE). Além da Vaquejada, o garanhão produziu animais premiados em Três Tambores, Laço em Dupla, Laço Cabeça e Individual, que somaram 352,5 pontos pela ABQM e como Avô atingiu 1.324,5 pontos, sendo 597,5 pontos na Vaquejada. E é por tudo isso que Ronald da ER entrará para o rol dos homenageados no 6º Hall da Fama.
Shady Par PH
hady Par PH, nascida em 17 de setembro de 1980 e desaparecida em 24 de maio de 1996, será a homenageada do Hall da Fama de 2016. Ela é filha de Mr Par Three e Sandy Apolo Bars (Shady Apolo Bars – Hall da Fama 2014). Era da criação e propriedade de José Carlos Delfim Miranda (SP). Como atleta, ela conseguiu uma campanha de 97 pontos de Registro de Mérito. Na Apartação, ocupa a 4ª colocação com 87 pontos, sendo que suas principais conquistas foram: reservada campeã Potro do Futuro (1984) e bicampeã Nacional ABQM/ 1988 e 1989; no Celar, em Uberlândia (MG), obteve a nota 77 por três juízes norte-americanos – a maior da Apartação; bicampeã do Derby ANCA 1990 /tricampeã Copa Master ANCA 1989/campeã em Punta del Este (Uruguai); e de vários títulos Estaduais. Com 10 pontos na Conformação, foi campeã de várias etapas do Campeonato Nacional, dos 12 aos 30 meses; reservada campeã Potro do Futuro, campeã Nacional (3 Anos) e de vários eventos Estaduais.
Quem conta a história dessa incrível campeã é o seu descobridor e treinador Eloi Medeiros, com sua linguagem de peão e alma de cowboy. Acompanhe:
O início da Shady foi interessante. Quando ela nasceu lá no Pruden Haras, em Presidente Prudente (SP), a gente viu um animalzinho preto correndo em um piquete e logo deduzimos que a mãe dela seria uma outra égua preta. Aí, aproximamos os dois animais. A partir do primeiro dia, eu já percebi algo diferente nessa potra que trabalhava em Conformação, desde os seis meses, a partir do desmame. Mas ela tinha uma coisa interessante. Quando ficava no piquete, brincava com passarinho, apartava galinha. Mas nunca corria atrás, sempre procurava cercar. Então eu comecei a trabalhar Apartação com ela, contrariando as vontades do Cacau (José Carlos Delfin Miranda), porque na época ele só criava a linhagem de Conformação. Então, eu comecei “mexer” com ela escondido. Um dia eu falei com o Cacau que achava que nós tínhamos um animal “fenômeno”, porque tudo que ela fazia era muito rápido, aprendia tudo rapidamente, me deixando confuso. Então, ele disse:
- Do que você está falando?
- Estou falando da Shady Par. Estou montando nela e sei que não é para montar, mas eu estou montando, devagarzinho, escondido, de noite. Ele retrucou:
- Não pode. Para com isso!
Aquilo me deixou agoniado demais. Um dia eu fui convidado para ir na propriedade do ‘seu’ Macário (Peres Pria), no Haras Boa Sorte, que ia ser visitado por um americano, chamado John Reis. Ele ia dar um curso de Apartação. Eu pedi para o Cacau e fomos juntos lá. Até então eu só conhecia Apartação aqui no Brasil. Então, assisti ao curso. Chegando na casa do Sr. Macário para almoçarmos, ele “botou” um vídeo dos gringos apartando no Potro do Futuro nos Estados Unidos. Eu gravei aquilo na minha mente, fiquei apaixonado. Passamos lá dois ou três dias e voltamos à Prudente. Então eu disse ao Cacau:
- A tua profissão é Conformação, mas nós temos uma máquina aqui que faz aquilo que vimos no vídeo. Eu treinava à noite, pegava as vacas de leite, as do vizinho... E os meninos lá me ajudavam. Até que chegou o Potro do Futuro em Ribeirão Preto (SP). As inscrições eram feitas na hora. Aí o Cacau me viu indo lá fazer a inscrição e disse:
- Você vai fazer o que ali?
- Vou inscrever a égua, vou apartar ela...
- Você esta louco?
Aí, ele não deixou. Sai chorando de bravo. Quando passei em frente do senhor Geraldo Ribeiro (pai da Mônica Ribeiro), ele falou:
- O que é que foi menino?
Há! o homem não quer que eu aparte.
Ele chamou o Cacau e falou:
- Se você não pagar, eu pago a inscrição dele.
O seu Pratinha, o Antônio Renato Prata, estava junto com ele e também me incentivou. Aí entramos em segundo na pista e ela deu um show, como sempre deu. Foi um negócio lindo. Até então não tinha um animal que fazia aquele feito assim, se esparramar, praticamente deitar no chão.
Em seguida, tirei a cabeçada da égua e fiz uma demonstração já na primeira prova dela. Ai o Cacau foi me cumprimentar meio meio sem jeito, depois que nós chegamos em casa.
Então peguei minha mala e fui ao escritório. Ele me perguntou:
Aonde você vai?
- Estou indo embora. Você não gosta da Apartação e eu já enjoei da tal da Conformação, agora eu estou indo.
- Para com isso rapaz. Vamos conversar o negócio não é assim. Larga mão de ser bruto, você é xucro demais.
Então a história foi essa e continuei no haras. Tive algumas outras provas, mas montando muito pouco na égua, porque ela fazia trabalho de Conformação. Depois houve uma prova grande na inauguração do Parque da Água Funda (SP). Havia por lá umas 20 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Chovia muito e o povo começou a ficar desesperado, aquele negócio meio sem graça. Até que o seu Macário, disse:
- Elói: limpa a cabeça dessa égua e dá um show para nós aí... Sem cabeçada, sem nada, cara limpa...
A égua deu um show, jogava barro para tudo que era lado, caiu, depois levantou comigo em cima, foi um show inesquecível. E muita chuva...
Depois teve outra passagem muito bonita dela em Uberlândia (MG), no Celar, numa etapa do Campeonato Nacional, acho que foi em 1985, quando ela tirou notas 77. Eu me orgulho dessa façanha, pois foi a maior nota até hoje, dada por três americanos.
Eu nunca me esqueço que depois deste evento, queriam comprar a égua. Mandaram colocar um preço. Aquela coisa e tal... Falaram em milhões. Para a época era um absurdo. Eu nunca esqueço que nós fomos apartar lá, e tiveram alguns animais que tiveram nota acima de 75. Eu observava que a água parava e parecia que contava os pontos. Ela ficava parada trocando orelha, olhando para cima e parece que ela falava para mim:
-Eu preciso tirar tantos pontos. Você aguenta o golpe que eu vou fazer uma estripulia...
Na pista passei pertinho do touro. Imaginei, que, se pudesse falar, ele teria dito:
- Dessa vez você perdeu.
A égua parou e olhou para ele e continuou entrando até escolhê-lo. É verdade, testemunhada e filmada. E o boi foi lá na cabine do juiz, de lá voltou, quando o boi virou, veio andando em linha reta, a égua não parava de dançar com a barriga no chão e o pé pregado no chão. Deu show. Foi quando ela tirou essas três notas de 77, nos dois bois que ela tirou. Nessa hora o Tô ( Renato Rezende Barbosa) jogou a mesa lá, de tão alegre que ficou. Era um evento muito bonito, onde havia vários artistas, inclusive a Lúcia Veríssimo e aquilo lotado de gente. Então foi um show assim inesquecível.
Depois desse grande evento, houve outro muito grande, com o troféu “Iris Rezende”. Ela também venceu e deu mais um show lá em Goiânia (GO) e depois repetiu a dose no Celar. Lembro que, depois dessa prova, recebi várias ligações de pessoas, de proprietários de cavalo. Queriam saber a data e a aonde ela estaria se apresentando, para as pessoas irem ver ela trabalhar. Então, foi um animal que nasceu com uma estrela.
Então, fomos convidados para participar na prova em Punta Del Leste, no Uruguai, em 88. Nessa época, ela já era bicampeã nacional. Foi outro show também exorbitante, um negócio assim fora do comum o que ela fez. Toda prova que eu chegava com ela, a turma falava:
- Agora vai acabar a prova...
Limpa a cabeça dela, a gente era obrigado a fazer isso. Depois dessas apresentações, recebi vários convites. Fui apresentar a égua em vários lugares e nos haras. Havia uns empresários que pediam para levar nas propriedades deles só para fazer uma demonstração e convidavam um monte de gente para ir ver.
Posso dizer que ela foi a única e sempre será a única “top” que eu montei. Um animal muito inteligente. Já trabalhei com vários cavalos aqui no Brasil, fiz vários campeões e montei em vários campeões nos Estados Unidos. Não desmerecendo os outros, mas ela foi um animal diferente. Inclusive os gringos que vinham aqui falavam que só existiam mais dois animais no mundo para fazer o que ela fazia: o Smart Little Lena e a Royal Blue Boon.
Lider da SM
oda a história do cavalo Líder da SM (Go Man Bars II x Nova Iorque SKR, por El Zorrero) começou em 1992, na cidade de Colatina, no estado do Espírito Santo. Nesta época ele somente era treinado no Haras Floriano Varejão, ainda não sendo de propriedade dos irmãos Edmilson (Dezinho) e Edilson (Cicinho) Varejão. “É até engraçado contar! Como o Líder era calmo, as pessoas diziam ‘esse cavalo não vai correr não, ele é muito devagar’. Mas ele era focado no partidor e se transformava ao entrar na pista de competição. Então na hora que o cavalo partia para o Tambor ou para a Baliza ele se modificava”, informou Cicinho. Ele conta ainda que, com o passar do tempo o Líder começou a se destacar como atleta e despertou neles o interesse em adquiri-lo. “Foi então que em 1994 nós o trocamos por automóvel Mustang importado que eu possuía, mais uma quantia em dinheiro”, revelou Cicinho. A partir daí iniciou-se uma carreira muito vitoriosa nos Três Tambores e nas Seis Balizas, com vários títulos nacionais, despertando o interesse de muitos quartistas. “Eu vejo muita gente falar que fez um cavalo. Eu tenho humildade de dizer que ele me fez um criador”, revelou Cicinho. Para Edimilson, o Líder foi um veículo que os levou muito rápido ao topo dos criadores. Com 197 pontos em seu cartel como atleta no Registro de Mérito na ABQM, destacou-se nos Três Tambores com os títulos de campeão do Congresso ABQM em 1997, bicampeão Nacional ABQM 94/95 e bicampeão Internacional AQHA 94 além de vários campeonatos Estaduais. Nas Seis Balizas pela ABQM foi campeão do Congresso 95, bicampeão Nacional 94/96, campeão Internacional AQHA 95 e também em outros Estaduais.
Na vida reprodutiva, ocupa a 11º colocação com 2.691 pontos acumulados. Entre seu filhos em campanha, destacam-se no tambor: Dafne Little BW (190,5 pontos); Ligal VF (156,5 pontos); Lualiz Líder (120 pontos); Líder Jr AV (119 pontos); Nina Líder FV (117,5 pontos); e Pepe Ligal FV (105 pontos). Nas Seis Balizas: Ligal FV (72,5 pontos); Maggic Líder FV (59 pontos); Jasmine Líder FV (21,5 pontos); e Havana Líder FV (20 pontos). Além disso, é um grande representante como avô materno, com destaque em Três Tambores (Timmydo Q Falcão, Cammy Líder RPF, Sonhadora Zorrero e Ligal Tucupi FV; nas Seis Balizas (Timmydo Q Falcão, Ligal Tucupi FV), no Laço Individual (Apolo Líder BCQ); no Laço Cabeça (Black Chick Líder). “Ele parou de coletar sêmen aos 28 anos e não está mais em atividade reprodutiva, mas continua com boa saúde aos 30 anos na Central de Reprodução Rancho das Américas. Hoje o Líder já é um ‘senhor’ e recebe visitas que ao sair, deixam o local com lágrimas e beijos de gratidão”, pontuou Dezinho. Segundo os irmãos Varejão, apesar da vontade da família de levá-lo para o Espírito Santo. O medo de ele não aguentar a viagem, faz com que optem pelo seu bem-estar. E é por tudo isso que o cavalo Líder da SM entrará para o seleto grupo de animais do Hall da Fama 2016.
Lady’s Moon
ara os quartistas apreciadores da velocidade, nada melhor que conhecer a história de um dos pilares da Corrida no Brasil, o já desaparecido Lady’s Moon, ser contada por seu proprietário, o destacado criador Fernando Muniz de Souza. Segundo ele, por volta de 1975, recebeu um convite de uns amigos para assessorá-los na compra de uns cavalos em um leilão no Novo México, nos EUA. “Então peguei um voo e segui para pra lá. Chegando ao recinto, fui ver os animais e antes do início do leilão começar eu já tinha minha decisão tomada. Era o Lady’s Moon, um cavalo de três anos de idade, embora baixo, mas de boa estrutura óssea e muito bem conformado, além de possuir uma campanha com vitórias”. Segundo revelou, apesar disso, os amigos duvidaram de sua escolha. “Um olhou para o outro e disseram: - não você pode ir embora, não queremos seus palpites, ou seja, não gostaram do que eu tinha escolhido”. Com a recusa deles, o próprio Fernando adquiriu o cavalo e os amigos não tinham a ideia que o criador havia acertado em cheio a escolha. Então Lady’s Moon (Lady Bug’s Moon x Lady Yolanda, por Battle Ground - TB), passou a ser a estrela da Estância Shalakô. No Brasil fez uma campanha invejável nas corridas, chegando a acumular quinze vitórias consecutivas. Já na reprodução o sucesso foi maior ainda, gerando três ganhadores do GP Potro do Futuro, respectivamente: Slick Moon (Rib. Preto/1983), Lady’s Army (Rib. Preto/1984) e Moon Feature Bug (Brasília/1988). Além deste almejado título, Lady’s Army venceu também a Tríplice Coroa. Em outro importante Grande Prêmio, o Derby Nacional, o garanhão produziu três vencedores: Lady Charge (Jaú/1982), - égua que segundo ele ganhou em apenas uma corrida US$ 400 mil -; Moon Charge (Rib. Preto/1983) e Lady’s Army (Rib. Preto/1984).
Em relação às provas de Três Tambores e Seis Balizas, Lady’s Moon se destacou com a craque Lady Highho WA, que acumulou mais de 130 pontos no RMT da ABQM em cada uma das modalidades.
Desaparecido em março de 1999, o garanhão deixou um grande legado para a raça Quarto de Milha e muita satisfação para o criador Fernando Muniz. Como avô materno, Lady’s Moon acumula 2.612,5 pontos, destacamdo-se na Corrida o craque Return Point (Tríplice Coroa 1995); nos Três Tambores e Seis Balizas: Beiba Wars, Mosquetão VM, Moon Drop AB e For Cash Rebel, entre outros. As informações das Corridas foram fornecidas pelo Jockey Club de Sorocaba.
“O Lady’s Moon me deu um grande prazer na vida, porque um cavalo deste realiza qualquer criador. E quem que não ficaria feliz com um animal desses? Ele foi um sonho”, afirmou emocionado Fernando Muniz. E é por toda esta qualidade que a ABQM estará o homenageado no 6º Hall da Fama.